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Adolescente trans é morta a pauladas, chutes e socos no Ceará

Uma adolescente de 13 anos, identificada como Keron Ravach , foi brutalmente assassinada, na madrugada…

Adolescente trans é morta a pauladas, chutes e socos no Ceará - keron - camocim

Uma adolescente de 13 anos, identificada como Keron Ravach , foi brutalmente assassinada, na madrugada de segunda-feira (4), na cidade de Camocim, litoral do Ceará. De acordo com informações da polícia, a vítima foi agredida até a morte com pauladas, chutes e socos.

A adolescente era trans e faria 14 anos no fim deste mês. A vítima foi encontrada morta em um terreno baldio no Bairro Apossados. Equipes da Polícia Militar (PM) e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foram acionadas e realizaram os primeiros levantamentos sobre o caso.

O suspeito de cometer o crime é um menor de 17 anos, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Ele confessou a morte e foi apreendido por equipes da Polícia Militar (PM) em Camocim, na tarde desta segunda-feira (4), menos de 12 horas após o homicídio.

Após ser apreendido, o adolescente foi conduzido para a delegacia, onde foi lavrado um ato infracional análogo ao crime de homicídio em desfavor dele. A Polícia Civil segue investigando a motivação do crime.

Keron, vítima do crime, estudava na Escola de Ensino Fundamental Francisco Ottoni Coelho. A instituição publicou nota nas redes sociais demonstrando pesar pelo falecimento da jovem. “Neste momento de dor e indignação, toda comunidade escolar se solidariza com os familiares, amigos e colegas, e expressa as mais sinceras condolências.”

Outro caso

Em junho do ano passado, Camocim registrou um caso de homicídio tendo como vítima uma integrante da comunidade LGBT. A travesti Luanna Kelly, de 22 anos, foi morta por quatro homens após uma discussão.

O crime aconteceu ao lado do prédio da Receita Federal, no centro da cidade. Luanna foi agredida com socos, conseguiu fugir, pulando o muro do prédio público, mas foi alcançada pelos quatro assassinos. Os acusados pelo crime se tornaram réus e continuam presos no sistema penitenciário cearense.

*Com informações do G1

*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira