Alianças

Aécio: alianças não podem “quebrar espinha dorsal” do programa

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, disse na manhã desta sexta-feira…

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, disse na manhã desta sexta-feira (10/10) que apesar dos esforços para aglutinar apoios no segundo turno, não fará alianças que “quebrem a espinha dorsal” do programa tucano para o Brasil.

A campanha de Aécio já recebeu a adesão formal de três siglas que encabeçaram chapas no primeiro turno: o PSC, do candidato Pastor Everaldo, o PV, de Eduardo Jorge, e o PSB, de Marina Silva. A ambientalista se manifestou ontem, por meio de uma carta, na qual reconhece em Aécio a “candidatura identificada com o sentimento de mudança”.

No Senado, ex-candidato do PSC à presidência, pastor Everaldo, oficializa apoio a Aécio A ex-senadora, no entanto, condicionou o apoio a uma série de mudanças programáticas. Dentre outras coisas, Marina pediu que Aécio abandone a proposta de redução da maioridade penal, fortaleça as políticas de reforma agrária e de demarcação de terras indígenas, se comprometa com a reforma política e com a sustentabilidade ambiental.

Na manhã de hoje, Aécio voltou a manifestar interesse na obtenção da aliança com a ambientalista, durante entrevista à Rádio Gaúcha, mas deixou claro que não mudará o projeto que tem para o país em troca de apoio. “Nós temos que ter muita cautela e aguardar que cada ator desse jogo político, em especial a candidata Marina, tenha o seu tempo para fazer a avaliação de qual seja o melhor caminho. Da minha parte, há sempre um esforço grande de convergir, de aglutinar novas ideias – desde que, obviamente, elas não quebrem a espinha dorsal da proposta que nós construímos em amplos debates no Brasil afora”, comentou Aécio.

“No segundo turno – e essa é a razão da existência do sistema de dois turnos – o que se busca é uma aliança em torno dos pontos convergentes, e não da valorização das questões que eventualmente sejam distintas nos programas dos candidatos”, analisou o candidato. Questionado se as alianças já consolidadas – PV, PSC, PSB e PPS – significam espaço no futuro governo, se eleito, o tucano aproveitou para cutucar o governo do PT e a sua “forma criminosa de lotear a máquina pública”.

“Nenhuma dessas forças políticas nos procurou para dizer que só iria apoiar se tivesse esse ou aquele cargo. Essa não vai ser a lógica da formação do próximo governo”, explicou. Aécio garantiu que integrarão um eventual governo somente nomes escolhidos pela meritocracia e pela integridade, afinados com o projeto proposto pelo ex-governador de Minas Gerais.

(Do Correio)