Policiamento

Após onda de assaltos, policiamento em Santa Helena de Goiás recebe reforço

Os habitantes de Santa Helena de Goiás, no sul do Estado, viram surgir uma onda de…

Os habitantes de Santa Helena de Goiás, no sul do Estado, viram surgir uma onda de crimes no município nas últimas semanas. De cerca de 20 dias para cá, diversos assaltos foram registrados.

Maria José Batista Pereira, telefonista da delegacia local,  diz ter perdido as contas de quantos casos chegaram ao seu conhecimento. “Os bandidos estão levando tudo: bolsa, celular, qualquer coisa. E isso acontece qualquer horário do dia”, comentou.

O último caso com gravidade registrado em Santa Helena aconteceu na tarde desta terça-feira (16), quando bandidos tentaram assaltar uma agência lotérica. Eles chegaram a disparar contra a atendente, mas o vidro blindado parou o projétil, como mostra a imagem acima. Supermercados e farmácias também não escaparam dos criminosos.

Para contornar a situação, o prefeito do município, João Alberto Vieira, e o secretário municipal de segurança, subtenente Arlos José da Silva, estiveram em Goiânia ainda nesta terça para protocolar ofícios à Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) e ao comando-geral da Polícia Militar pedindo apoio.

Os documentos solicitam o suporte de tropas especializadas, como Choque, Rotam, Graer, Giro, Bope, Cavalaria, Batalhão Fazendário e Gate em virtude do aumento de crimes, principalmente roubos a transeuntes, a estabelecimentos comerciais e de veículos, homicídios e arrastões. O pedido foi prontamente atendido e, de acordo com Arlos, nenhuma ocorrência foi registrado no município entre a noite de ontem e a manhã desta quarta (17).

“Ontem à noite chegaram algumas viaturas do batalhão de Choque e um efetivo extra da Polícia Militar”, diz o secretário municipal de segurança. Ele não soube precisar o número de veículos disponibilizados, mas afirma que pelo menos 25 novos agentes estão fazendo o patrulhamento a pé. Antes da chegada do reforço, os habitantes chegaram a sofrer com uma média de 5 roubos por dia, nas contas de Arlos.

O secretário conjectura que a onda de assaltos seja o resultado da frustração de pessoas que chegam ao sul goiano em busca de trabalho. “Aqui é uma cidade centralizada entre Rio Verde, Acreúna e Quirinópolis. Tem duas usinas sendo construídas por aqui. Então muita gente vem procurar emprego, mas acaba não conseguindo”, afirma. “Claro que uma coisa não justifica a outra”, acrescenta.

A assessoria de comunicação da Polícia Militar não divulgou o efetivo extra disponibilizado para o município, mas informou que foram encaminhadas viaturas da Rotam e do Batalhão de Choque, que devem permanecer no local por tempo indeterminado.

O delegado Thiago Latorre foi procurado, mas não estava disponível para atender a reportagem.