APIB

Associação indígena leva caso de desaparecidos em AM ao Tribunal de Haia

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) levou para o Tribunal de Penal Internacional…

Associação indígena leva caso de desaparecidos em AM ao Tribunal de Haia
Associação indígena leva caso de desaparecidos em AM ao Tribunal de Haia (Foto: Funai e Reprodução - Twitter)

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) levou para o Tribunal de Penal Internacional de Haia, na Holanda, o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A denúncia é contra a atuação do presidente Bolsonaro (PL).

A dupla desapareceu no último dia 5 de junho, na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Na denúncia – que foi anexada a outra manifestação da entidade de agosto de 2021 -, a Apib afirma que o desaparecimento ocorre por “omissão estatal na realização das buscas” e por uma possível “política anti-indígena de Jair Bolsonaro”.

Até o quinto dia de desaparecimento, valem citar, o governo federal ainda não havia enviado soldados da Força Nacional de Segurança de outros estados para atuar nas buscas. Também não tinha decretado a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), comum em locais com pouca estrutura de segurança.

Informações desencontradas

Na manhã de segunda-feira (13), Alessandra Sampaio, esposa do jornalista inglês Dom Phillips, disse que os corpos do marido e do indigenista Bruno Araújo Pereira foram encontrados sem vida. A própria Abip disse não proceder a informação.

Da mesma forma, a Polícia Federal confirmou, na noite de segunda, que as buscas continuavam e que tinha esperança de encontrar os dois.

Eles foram vistos pela última vez na data do desaparecimento na comunidade São Rafael, de onde partiram rumo a Atalaia do Norte, mas não chegaram ao destino. De acordo com o jornal The Guardian, Bruno e Phillips faziam expedições juntos na região desde 2018.

Mais detalhes

Vale citar, no domingo (12) as autoridades encontraram objetos de Bruno e Dom amarrados em uma árvore, perto do Rio Itaquaí. Do indigenista, botas, calça, chinelo, além de um cartão saúde. Do jornalista, uma mochila e botas, um notebook e sandálias.

A PF concentra as buscas nas áreas próximas ao local.

Antes, no dia 7 de junho, foi preso em flagrante Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como “Pelado”. A prisão ocorreu durante uma abordagem por posse de drogas e munição calibre 762, de uso restrito. Havia vestígios de sangue na embarcação dele, mas a perícia ainda não entregou os resultados.