homofobia

Ativista LGBT+ pede indenização de R$ 500 mil após ser atacado por Ratinho

Agripino Magalhães Júnior foi chamado de 'safado, vagabundo e sem vergonha'

Ativista LGBT+ pede indenização após ser atacado por Ratinho Agripino Magalhães Júnior foi chamado de 'safado, vagabundo e sem vergonha'

O ativista LGBT+ e deputado estadual suplente de São Paulo Agripino Magalhães Júnior (MDB) ingressou com uma ação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em que pede indenização de R$ 500 mil reais por danos morais contra Ratinho.

O apresentador o ameaçou em seu programa do SBT. O ativista já move uma ação penal no órgão pelo mesmo episódio.

No último dia 26, Ratinho chamou Agripino de “safado, vagabundo, sem vergonha”. A fala foi uma reação a um outro processo movido pelo ativista contra o apresentador.

Em um programa veiculado dias antes, Ratinho criticou a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. Ele disse que a avenida Paulista, onde o evento ocorre anualmente, era adequada apenas para as famílias e afirmou que o evento serve apenas para as pessoas ficarem nuas.

Agripino Magalhães, então, acionou o MP-SP acusando o apresentador de LGBTfobia. Ao saber do processo movido contra ele, Ratinho atacou o ativista em seu programa.

“Tem um cidadão que falou que vai me processar porque eu falei isso. Vai me processar? Que eu mostro sua folha corrida, tá? Já peguei. Venha, venha processar, vou mostrar quem você é, você não passa nem na esquina. Vagabundo, safado, sem vergonha, Vem para cima de mim, eu vou de briga, eu vou de confusão mesmo, pronto”, disse ele.

Na ação em que pede a indenização, Agripino argumenta que foi “gravemente ameaçado e constrangido na frente de cerca de incontáveis pessoas que foram inflamadas”.

“O réu [Ratinho], em dimensão preconceituosa contra os integrantes da minoria LGBTQIA+, reforça o sistema de discriminação contra as minorias, e demonstra temperamento forte e conduta impulsiva, indicando desafiar as normas penais e civis proibitivas e os limites da lei no exercício do seu direito de expressão”, afirma o documento

O advogado Ângelo Carbone, que faz a defesa de Agripino, afirma que o apresentador “não pode utilizar seu programa para penalizar minorias como o caso dos LGBT+ com atitudes de desprezo e homofobia”.

Procurada, a assessoria do SBT não respondeu até a publicação deste texto.

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