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Brasil tem primeiro caso confirmado da variante Éris da Covid-19

Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação para proteção contra doença

Covid: cobertura vacinal para o imunizante bivalente é de apenas 14% em Goiás
Covid: cobertura vacinal para o imunizante bivalente é de apenas 14% em Goiás (Foto: Governo de Goiás)

Ministério da Saúde confirmou nesta quinta (17) o primeiro caso da variante EG.5, apelidada de Éris, da Covid-19. A paciente infectada reside no estado de São Paulo, é uma mulher e tem 71 anos. No momento, ela já se encontra curada da doença.

Em 30 de julho, a paciente relatou a presença de sintomas comuns a doença, como febre, dor de cabeça, tosse e fadiga. Dias depois, em 8 de agosto, ela fez um teste de detecção da Covid-19. O ministério também informou que na época da infecção ela já estava com o esquema vacinal completo, algo essencial para evitar quadros graves e fatalidades pela infecção.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Éris foi inicialmente detectada em fevereiro de 2023. Desde então, os casos associados à variante vêm aumentando. Recentemente, dados da entidade indicaram que os diagnósticos de Covid-19 cresceram 80% em todo o mundo, mesmo que a mortalidade continue em queda —houve redução de 57% nas mortes.

A entidade de saúde já havia afirmado, em 9 de agosto, que a Éris tinha uma maior capacidade de transmissão, mas não representava, até o momento, uma ameaça mais séria à saúde pública. A cepa foi classificada como variante de interesse, um grau mais sério de monitoramento da cepa.

A vacinação é a principal ferramenta de proteção contra o Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19. Os imunizantes podem até não evitar completamente as chances de se infectar, mas são essenciais para barrar casos mais graves da doença.

No Brasil, os índices de doses reforço estão abaixo do esperado. Alguns públicos também estão com baixíssimo níveis de cobertura. Só 11% das crianças, por exemplo, completaram o esquema vacinal recomendado.

O Ministério da Saúde ressalta a importância de se vacinar, além de reforçar que existem outras formas não farmacológicas de proteção.

“Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus Sars-CoV-2“, informou a pasta.

A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) afirmou, em uma nota pública, que é necessário “estar atentos à possibilidade de uma nova onda de casos ocorrendo nas próximas semanas, com baixo potencial de casos graves, baseado no cenário epidemiológico nos países onde ela já circula”.

A sociedade também recomendou um aumento na capacidade de testes e de análise genômica dos casos de Covid-19 para “detecção precoce de mudança no cenário epidemiológico”. Por enquanto, essas alterações no número de casos e de fatalidades ainda não foram registradas. A entidade ressaltou a necessidade de medidas de proteção, como a vacinação, que também foram apontadas pelo Ministério da Saúde.

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