PANDEMIA

Brasil ultrapassa Alemanha e se torna sétimo país mais afetado pela Covid-19

O Brasil se tornou hoje o sétimo país com mais casos confirmados de Covid-19 no…

Cerca de 12% dos mortos por covid-19 nas capitais eram de outras cidades
Do total de óbitos por covid-19 entre 16 de março e 16 de julho deste ano nas capitais estaduais brasileiras, 11,87% foram de pessoas que residiam em outras cidades, segundo levantamento feito com base nos registros dos cartórios pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

O Brasil se tornou hoje o sétimo país com mais casos confirmados de Covid-19 no mundo, ultrapassando a Alemanha (173.034), um dos principais epicentros do coronavírus na Europa. Segundo a última atualização do Ministério da Saúde, já foram registrados 177.589 casos confirmados. Até esta terça-feira, o país estava na oitava posição. As estatísticas brasileiras já ocupavam o sexto lugar no número de óbitos com 12.400 vítimas fatais — mas há uma diferença grande em relação à França, no quinto lugar, que registrou 26.994 mortes.

No ritmo atual, o Brasil deve ultrapassar a França nos próximos dias e a Itália, que chegou a ser o país europeu mais afetado pela pandemia e enfrenta uma quarentena nacional rigorosa, até o início da próxima semana. Caso a curva epidemiológica do Reino Unido e da Espanha não sofra grandes alterações, o Brasil também deve se tornar o terceiro país com mais casos da Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia, antes do fim do mês.

De acordo com números da Universidade Johns Hopkins (EUA), que tem mapeado o avanço da pandemia em escala mundial, o Brasil é o terceiro país com o maior crescimento de casos do coronavírus. EUA e Rússia, cujos governos têm centrado esforços na testagem da população, também lideram neste quadro.

Desde o início do mês, 86 mil novos casos foram registrados no Brasil e 6.071 novas mortes. O próprio Ministério da Saúde reconhece que as estatísticas brasileiras são subnotificadas, já que não há uma política de testagem em massa. Além disso, alguns pacientes vêm a óbito antes da conclusão dos testes, o que leva a um atraso nas notificações oficiais.

Um importante referencial utilizado para dimensionar a subnotificação dos casos de Covid-19 são as notificações de Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG). Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira indicou que o número de internações pela condição clínica cresceu 606% neste ano em comparação ao mesmo período do ano passado: foram 107.895 desde janeiro. Pelo menos 38 mil estavam sob suspeita de Covid-19, segundo os números da semana passada.