Confusão

Briga no diretório do PMDB tem quebra-quebra e tiro

// Uma briga ocorrida na noite desta quarta-feira (27/1) no diretório goiano do PMDB terminou…


//

Uma briga ocorrida na noite desta quarta-feira (27/1) no diretório goiano do PMDB terminou com computadores quebrados, documentos rasgados, mesas viradas e teve até disparo de arma de fogo.

Segundo relatos do presidente nacional da Juventude do partido, Pablo Rezende, o deputado estadual Paulo Cezar Martins teria iniciado a sessão de agressões e depredação que culminou com uma possível tentativa de assassinato.

O episódio de violência é resultado, sobretudo, do período de tensão que antecede à eleição para o diretório regional, marcada para a próxima sexta-feira, 5 de fevereiro. Enquanto Paulo Cezar manifesta apoio ao deputado federal Daniel Vilela, a juventude do partido defende a eleição do ex-prefeito de Bom Jardim de Goiás Nailton de Oliveira.

A confusão teve início depois que Pablo Rezende ter ido à sede da legenda, a pedido de Nailton Oliveira para buscar documentos que poderiam comprovar possíveis fraudes em eleições internas do partido. “A gente protocolou requerimento de urgência pedindo cópias dos documentos dos diretórios que fizeram convenção”, afirma ele.

Pablo se dirigiu até o diretório na companhia de Manuel Victor Coelho com a autorização do presidente da Comissão Provisória, o deputado federal Pedro Chaves. Apesar disso, no momento em que retiravam os papéis, o deputado Paulo Cezar Martins apareceu e exigiu que deixassem os documentos como estavam.

“Ele chegou e pediu para que saíssemos do diretório, mas eu falei que tínhamos a autorização e as secretárias estavam lá supervisionando tudo”, conta. “Aí ele quebrou mesa, derrubou computador, rasgou papel”, diz.

Pablo interveio e trocou agressões com Paulo Cezar. No meio da confusão, o segurança do deputado também apareceu disparou uma arma de fogo. Segundo Pablo, o tiro foi direcionado a ele e a Manuel, porém, a bala acertou o teto. Manuel, que estava filmando toda a situação, foi então perseguido por Paulo Cezar e teve o celular quebrado.

Após o incidente, tanto Pablo como o deputado estadual foram ao 1º DP de Goiânia preestar queixa sobre o ocorrido. No boletim de ocorrência registrado por Pablo, constam as tipificações de disparo de arma de fogo e ameaça.

Ele conta que agora deve tomar medidas para garantir a sua segurança e a de outras pessoas do partido. “Vou entrar com uma medida restritiva”, declarou. “E também vou pedir a expulsão dele do partido.”

A reportagem tentou contato com o deputado Paulo Cezar, mas o celular estava desligado. Ao ligar para o gabinete, fomos informados que, até então, o deputado não havia comparecido.

Nota de Daniel Vilela

Na manhã desta quinta-feira, o deputado federal Daniel Vilela emitiu uma nota repudiando o episódio de violência:

A propósito dos fatos ocorridos na sede do diretório do PMDB na tarde de quarta-feira, o deputado federal Daniel Vilela, candidato à presidência do partido em Goiás, faz as seguintes observações:
– Não aceita e nem compactua com qualquer tipo de violência, verbal ou física, envolvendo filiados do partido;
– Defende a transparência e a publicidade de todos os documentos relacionados à sucessão no diretório regional do PMDB;
– Confia plenamente na autonomia e isenção dos membros dos diretórios municipais que enviaram suas informações para a formação das chapas. Caso haja algum questionamento, a Executiva do partido deve se manifestar;
– Conclama todos os filiados do PMDB para uma eleição pacífica e democrática no próximo dia 5 de fevereiro, respeitando as divergências internas e a história do maior partido de Goiás.