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Caiado retorna a Brasília para mais uma conversa sobre a Enel

O governador Ronaldo Caido (União Brasil) retornará a Brasília nesta quarta-feira (26) para mais uma…

Caiado declara R$ 24,8 milhões em bens à Justiça Eleitoral
Caiado declara R$ 24,8 milhões em bens à Justiça Eleitoral (Foto: André Costa - Governo de Goiás)

O governador Ronaldo Caido (União Brasil) retornará a Brasília nesta quarta-feira (26) para mais uma reunião sobre a distribuidora de energia Enel. Desta vez ele se reúne com de Minas e Energia Adolfo Sachsida para tratar de assuntos referentes às Pequenas Centrais Hidrelétricas no Estado. Esta é segunda ida à cidade pela mesma razão nesta semana.

Na segunda-feira (24), ele esteve na capital federal, na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para tratar sobre a intensificação da fiscalização em Goiás para garantir a prestação adequada dos serviços de energia elétrica pela Enel. A concessionária passa uma transição da concessão que irá para a empresa Equatorial Energia. Na ocasião do encontro, Caiado ressaltou a importância do cumprimento do programa de manutenção preventiva e emergencial durante todo o período chuvoso.

Depois do encontro, ainda na segunda, a Aneel confirmou que enviaria dois fiscais para a Agência Goiana de Regulação (AGR). Eles serão responsáveis pelo acompanhamento da situação criada no Estado de Goiás pela distribuidora Enel.

Antes disso, no sábado (22), o governador acionou a Justiça após a Celg-D, administrada pela Enel, por supostamente determinar a paralisação de todas as suas atividades e programações, como obras e manutenções nas redes. Durante uma coletiva de imprensa, Caiado afirmou que a empresa está sabotando o serviço, após o anúncio da venda da Celg-D para o Grupo Equatorial Energia.

Ainda no sábado, juíza da Comarca de Goiânia Stefane Fiúza proibiu a concessionária de paralisar qualquer serviço até que o Grupo Equatorial assuma a distribuição de energia, em Goiás. Na decisão judicial, a magistrada estipula uma multa diária de R$ 1 milhão, caso a empresa não cumpra com os seus deveres até o final do contrato.

Além da proibição, a Fiúza também ordenou que a empresa comprove em até 48 horas, através de um relatório técnico, a manutenção adequada da prestação do serviço no estado. Para evitar que os serviços sejam interrompidos, a juíza também determinou que o relatório seja apresentado de 15 em 15 dias. “O fornecimento de água e energia elétrica são considerados serviços públicos essenciais, as quais estão diretamente relacionadas à dignidade da pessoa”, afirma na decisão judicial.

Questionada sobre as possíveis paralisações, a Enel afirmou, por meio de uma nota, que as operações seguem normalmente e “que a distribuidora cumpriu todas as ações previstas no terno de compromisso firmado com o Governo do Estado”.

Venda da Celg-D

A Equatorial Energia comprou a Celg-D na madrugada de 23 de setembro por R$ 1,58 bilhão. À época, o governador comemorou a venda da empresa e disse que a aquisição da estatal pela Enel ocorreu de forma fraudulenta e gerou “garroteamento” da economia goiana.

Ainda em campanha, o então candidato ao governo pelo Patriota, Gustavo Mendanha, atribuiu a venda como um “ato desesperado” do governador por ter “sido desmentindo sobre o processo de caducidade”. “Depois de ser pego na mentira, em um ato desesperado, o governador concretizou a venda da Celg-D para uma das piores empresas de energia do país”, publicou no Twitter.

Equatorial

Duas das subsidiárias da Equatorial Energia, que comprou a Celg-D em transação realizada na madrugada desta sexta-feira (23), aparece em ranking elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) de 2021 em piores colocações que a Enel Goiás.

No critério de Desempenho Global de Continuidade (DGC), a Equatorial do Maranhão aparece na 29ª posição, pior que a Enel Goiás (28º), com 1,41 e 1,23 na avaliação, respectivamente. Quanto maior o número, pior o desempenho da distribuidora de energia.

A Equatorial Energia também é proprietária da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), que distribui energia no Rio Grande do Sul. A subsidiária aparece em último do ranking, com 1,67 ponto.

No entanto, a Equatorial Energia do Pará aparece na sétima colocação, com 0,71 ponto. A posição é melhor do que qualquer outra subsidiária da Enel.

A melhor posição da Enel é da subsidiária de energia do Estado de São Paulo, que consta na 19ª colocação, com 0,82. A Enel do Rio de Janeiro vem em 23º lugar, com 0,86, e do Ceará, com 0,97.

O índice leva em consideração a frequência de interrupções em relação ao limite estabelecido pela agência, que é de 5,98 interrupções em média por consumidor em 2021.