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Caminhoneiro “em transe” é vítima de golpe de mulheres que iriam “duplicar” seu dinheiro

// A Polícia Rodoviária Federal em Goiás (PRF-GO) divulgou um caso no mínimo inusitado ocorrido…


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A Polícia Rodoviária Federal em Goiás (PRF-GO) divulgou um caso no mínimo inusitado ocorrido na noite desta quarta-feira (25/11). Um caminhoneiro teria sido enganado por duas mulheres que disseram que poderiam fazer qualquer quantia de dinheiro que ele entregasse a elas ser duplicada, mas acabou ficando a ver navios. Segundo relatou à polícia, ele só acreditou no “milagre” que aconteceria porque entrou em “transe”.

De acordo com a PRF, nesta quarta, por volta das 21h, o caminhoneiro passava por Cristalina, na BR 050, em seu trajeto de Brasília para o Paraná, quando percebeu que duas mulheres estavam pedindo carona. Uma delas tinha aproximadamente 35 anos e a outra, grávida, de aproximadamente 20 anos.

As mulheres queriam ir para Catalão, cidade localizada na sudeste goiano, a 180 quilômetros de Cristalina. Como o caminhoneiro passaria por estas cidades e estava sozinho no caminhão, resolveu dar a carona.

O caminhoneiro afirmou que durante o percurso as mulheres pareceram bastante simpáticas. Ao chegar ao destinho, em um posto de combustível na cidade de Catalão, as mulheres disseram que estavam muito agradecidas e que queriam colaborar com o caminhoneiro de alguma forma. Portanto, disseram a ele que fariam seu dinheiro duplicar.

Bastava o caminhoneiro lhes entregar uma quantia qualquer que essa quantia seria duplicada. O homem lhes entregou R$ 530,00. Após algumas manobras manuais, a mulher mais velha fez o dinheiro desaparecer.

Em seguida, com o semblante de preocupação e com as reclamações por parte do caminhoneiro, a mulher fez com que aparecesse novamente em suas mãos R$ 330,00, informando a ele que às 23h apareceria na boleia do caminhão outros R$ 1.200,00.

O homem disse à polícia ter entrado em uma espécie de transe e que não sabia por que estava acreditando naquelas mulheres. Ele as deixou no posto de combustível e seguiu viagem. Em seguida, ao passar o “transe” ele resolveu procurar a polícia para fazer uma denúncia não identificada.

A PRF retornou ao posto de combustível, mas as mulheres não foram encontradas. A demora do caminhoneiro para denunciá-las dificultou que elas fossem identificadas.

A PRF informa que esse tipo de situação ainda é comum no país e que trata-se do famoso crime de 171 (estelionato). Ou seja, tentar obter vantagem ilícita de alguém levando essa pessoa a erro mediante o uso de algum artifício ou fraude.

A pena para o crime varia de 1 a 5 anos, mas trata-se de uma transgressão difícil de ser combatida porque o autor do crime conta com certo apoio da vítima que também quer lucrar de alguma forma. Portanto, a PRF reforça que deve-se redobrar a atenção para essas propostas fáceis porque “quando a esmola é demais, o santo desconfia”.