Debate TV Anhanguera

Candidatos confrontam propostas para governo de Goiás em debate na TV Anhanguera

// // No segundo e último debate do primeiro turno entre os candidatos ao governo…

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No segundo e último debate do primeiro turno entre os candidatos ao governo do Estado, promovido pela TV Anhanguera, o governador Marconi Perillo (PSDB), como era de se esperar, foi o principal alvo das perguntas de candidato para candidato.

No início do primeiro bloco, o primeiro adversário a lhe dirigir pergunta, escolhido por sorteio, foi Professor Weslei (PSOL). O socialista acusou o tucano de favorecer, em seu governo, uma empresa que fez doações para sua campanha.

Marconi respondeu que as doações são legais e que qualquer empresa pode realizar doações. No caso de sua campanha, elas foram declaradas à Justiça Eleitoral, disse. Ele destacou que em seus governos inúmeras empresas foram trazidas para o Estado, por meio de incentivos, o que levou à multiplicação de empregos e ao aumento das exportações goianas. Professor Weslei rebateu, afirmando que empresário não faz doações, faz investimento.

Em pergunta a Antônio Gomide (PT), Iris Rezende (PMDB) abordou o tema que mais tem sido explorado pelos candidatos oposicionistas: a segurança pública. “Goiás vive um caos na segurança pública. A população do Estado está amedrontada”, disse o peemedebista, antes de indagar sobre as propostas do petista para o setor.

Gomide aproveitou a deixa para dizer que Goiás é hoje o quarto Estado mais violento do Brasil. De acordo com ele, políticas públicas deixaram de ser aplicadas pelo atual governo, o que seria uma das razões decisivas para a situação da área no Estado. “É importante que a normalidade seja devolvida à população”, disse.

Na réplica, Iris apontou o “descaso e a irresponsabilidade administrativa” como fatores que levaram Goiás a ocupar posição de quarto Estado mais violento do País, citando queda do número de policiais. Gomide ainda ressaltou a necessidade do investimento na cultura. “É preciso tirar jovem da criminalidade”, disse.

Na sua oportunidade de fazer perguntas, Marconi aproveitou para defender sua gestão na área, mencionando a contratação de 5 mil policiais e investimento na inteligência dentro da polícia.

Pelo menos em um momento, ainda no primeiro bloco, Iris citou o caso Carlinhos Cachoeira, que trouxe desgaste para o governo Marconi. “Vamos realizar um governo que tenha respeito e credibilidade”, afirmou Iris, ao falar da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Em sua réplica, o tucano não respondeu à citação, mas disse que Iris usa um “discurso demagógico” e só sabe fazer “campanha difamatória”. “Dobrar efetivo policial é proposta para enganar”, contra-atacou Marconi sobre uma das propostas do adversário.

Gomide e Vanderlan rompem ‘cordialidade’

Ainda no primeiro bloco, Gomide e Vanderlan protagonizaram um embate – o único em que Marconi não era o alvo – quando o petista perguntou ao pessebista sobre reforma política. Depois que Vanderlan disse que defendia o financiamento público de campanha, concordando com o petista, este disse que a fidelidade partidária também é fundamental. E afirmou que Vanderlan havia mudado de partido e de aliados algumas vezes. “Não é um mau exemplo?”, perguntou. Vanderlan respondeu ser “fiel” às suas ideias e contra-atacou: “Apoiei Dilma (Rousseff), mas as propostas não aconteceram”. Hoje apoio Marina por acredito nela.

Vanderlan ainda teve um novo confronto com Marconi, quando apontou inúmeros aumentos em aditivos de obras no governo tucano, citando o Hugo 2 e GO-020.” O que está por trás disso?”, perguntou. Marconi disse que implantou “o maior canteiro de obras do Estado”. E rebateu a acusação, dizendo que o porcentual de aditivos é de 4%, “bem menor do que no governo Alcides, que apoia o senhor. O senhor está enganado, tivemos economia muito grande”.

O segundo bloco também teve perguntas entre os governadoriáveis, mas com temas definidos por sorteio. E, mesmo no sorteio, mais um tema ácido para o governador: “Sistema prisional”. Ao questionar Vanderlan, Iris diz que há no Estado 21 mil mandados de prisão que não podiam ser cumpridos porque falta presídios. Iris falou em “irresponsabilidade do governo”. E Vanderlan reforçou: “Mais de R$ 12 milhões foram devolvidos por falta de projetos”.

No tema saneamento, foi Vanderlan quem perguntou para Gomide, depois de dizer que 57% das residências goianas não têm esgoto. Gomide criticou políticas de privatização do serviço, citando o caso de cidades como Aparecida e Rio Verde, entre outras. “O Estado não tem investido de forma adequada”, disse.