Estudo inédito

Ceasa Goiás movimentou R$ 3,3 bilhões em 2022, aponta estudo inédito

A Ceasa Goiás movimentou R$3,3 bilhões em 2022. O dado é de um estudo inédito…

Imagem colorida mostra homem uniformizado selecionando itens de hortifrúti na Ceasa Goiás (Foto: OVG)
Ceasa Goiás movimentou R$ 3,3 bilhões em 2022, aponta estudo inédito (Foto: reprodução/OVG)

A Ceasa Goiás movimentou R$3,3 bilhões em 2022. O dado é de um estudo inédito realizado pelo Sebrae entre 2022 e 2023 divulgado nesta segunda-feira (26/3/2024). Intitulado “Caminhos para o Fortalecimento da Ceasa Goiás”, a publicação revela um panorama detalhado do mercado de hortifrúti no estado, destacando desafios e oportunidades para o setor.

A pesquisa foi realizada ao longo de dois anos, dividida em duas etapas: a primeira focada na comercialização de hortifrúti em Goiás e o fluxo desses produtos no estado; e a segunda investigando as razões que levam os comerciantes locais a buscar produtos em outras centrais de abastecimento, em detrimento da Ceasa Goiás.

Fruto de uma parceria entre o Sebrae, a Ceasa e o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), o estudo apresenta dados que mostram a  importância do segmento para a economia local.

Ceasa Goiás é o quinto maior mercado de hortifrúti do Brasil

O estudo evidencia que o Ceasa Goiás representa o quinto maior mercado do Brasil e movimentou mais de 931 mil toneladas de hortifrúti em 2022, gerando um montante de R$ 3,3 bilhões para o estado. O dado ressalta a relevância do setor na geração de empregos e no desenvolvimento econômico regional.

Os principais produtos comercializados na Ceasa-GO

A pesquisa analisou os principais produtos comercializados na Ceasa-GO, identificando 13 itens de destaque, como tomate, batata, repolho, cebola, laranja, mamão, abóbora japonesa, melancia, abacaxi, banana e cenoura. Com base nos dados, o inquérito buscou compreender os motivos que levam produtores e comerciantes a não direcionarem sua comercialização para a Ceasa Goiás.

Um dos pontos destacados é a participação expressiva de Goiás na comercialização de produtos como o tomate, representando 98% do volume negociado na Ceasa-GO. Por outro lado, produtos como o mamão têm uma participação mais modesta, apenas 17%, devido à menor produção em comparação com outros estados.

Destaque para o tomate, melancia, laranja e banana

O estudo também analisou o fluxo comercial dos produtos avaliados, revelando que a maior parte da produção de Goiás de tomate mesa ocorre nas microrregiões Entorno de Brasília, Chapada dos Veadeiros, Pires do Rio, Goiânia, Catalão e Anápolis. Entretanto, a microrregião de Goiânia é a principal origem da produção de tomate para a Ceasa-GO. 

Na produção de melancia há pouca participação da CEASA-GO na comercialização do fruto produzido em Goiás. Além disso, menos de 50% do volume produzido no estado é comercializado formalmente. 

Com a laranja, mais de 14% da produção goiana passa pela CEASA-GO. Utilizando dados da SEFAZ-GO, identificou-se que o mercado formal da laranja alcança 76% da produção e que São Paulo é o principal destino da produção de laranja de Goiás, com uma participação de 24%.

Outro ponto de destaque foi a cultura da banana. Segundo o documento,  pouco mais de 10% utilizam a CEASA-GO na sua comercialização. De acordo com o IBGE, Anápolis é a principal microrregião produtora de banana de Goiás, com 46% da produção do estado, e a principal região de originação do produto negociado na central de abastecimento. De acordo com os dados da SEFAZ-GO, o principal destino da comercialização formal de banana é o próprio estado de Goiás, seguido por São Paulo e Minas Gerais.

Desafios aos compradores: acesso e dificuldades logísticas

O estudo também apontou que questões como preço e condições estruturais foram apontadas como desafios pelos compradores. Os principais pontos apresentados foram a dificuldade na logística de retirada dos produtos e o acesso na central de abastecimento. Os entrevistados sugeriram melhorias na infraestrutura da Ceasa-GO, como a ampliação do estacionamento e o reforço na segurança interna.