Inquérito

Delegado procura por imagens e testemunhas em posto onde PM baleou autônomo

Agentes do 13º Distrito Policial de Goiânia estão à procura de imagens e de novas…

Agentes do 13º Distrito Policial de Goiânia estão à procura de imagens e de novas testemunhas que possam esclarecer o que de fato aconteceu na madrugada de sábado (11), em um posto de combustíveis do Parque Amazônia, onde o autônomo Sílvio Cesar da Costa Júnior (foto), de 27 anos, foi baleado na cabeça por um aluno soldado da Polícia Militar (PM) de Goiás que estava de folga. Bruno Correia de Araújo permanece preso e o autônomo encontra-se internado em estado gravíssimo no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

De acordo com o delegado André Botesini, titular do 13º Distrito Policial, a localização de novas testemunhas, e também de imagens, é imprescindível para a conclusão do inquérito. “Mesmo assistido por dois advogados, o soldado PM preferiu ficar em silêncio no depoimento prestado na Central de Flagrantes, mas para os colegas de farda que o conduziram, teria dito que agiu em legítima defesa, versão essa pouco crível diante do que já foi apurado”, relatou.

A princípio, segundo Botesini, o militar, que teve o pedido de liberdade negado durante Audiência de Custódia no domingo (12), foi autuado por tentativa de homicídio simples, mas se durante as investigações a versão apresentada pelas testemunhas já ouvidas forem confirmadas, o crime passa a ser qualificado.

“Temos a versão de que assim que o soldado disparou alguns tiros durante a confusão, todos correram, mas quando ele gritou que era policial, o Sílvio parou e se entregou, mas a partir daí ninguém viu o que de fato aconteceu, por isso essas imagens e novos depoimentos são tão importantes”, concluiu.

Um boletim médico divulgado pelo Hugo às 13h30 aponta que o autônomo permanece internado em estado gravíssimo, sedado e respirando com a ajuda de aparelhos. Cunhado da vítima, Saymon Rodrigues contou à reportagem do Mais Goiás que um homem procurou a família na porta do Hugo na tarde desta segunda-feira, e contou ter sido agredido semanas atrás pelo mesmo PM em um bar que fica nas proximidades do Buriti Shopping.

“Para nós, esse policial é um psicopata que não poderia estar nas ruas e o que queremos agora é a recuperação plena do Sílvio, e também justiça”, pediu.