O FIM DA PICADA

DF: Ibama resgata 32 cobras e aplica mais de R$ 300 mil em multas

O caso do estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, picado por…

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou quatro pessoas por envolvimento em um esquema de criação ilegal e tráfico de cobras exóticas (Foto: Divulgação/Zoológico DF)
A Naja será exposta ao público assim que o Butantan for reaberto - o que estava marcado para outubro, mas que agora não tem previsão. Ela também ficará à disposição para pesquisadores interessados em estudar seu comportamento, características físicas e veneno.

O caso do estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, picado por uma naja no Distrito Federal, desencadeou uma série de ocorrências relacionadas à criação ilegal de cobras na região. Com isso, nos últimos dias o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) resgatou 32 serpentes e aplicou mais de R$ 300 mil em multas.

No dia 10 de julho, até um tubarão foi encontrado em criadouro clandestino de animais exóticos. O animal pertence à espécie tubarão-lixa, que está ameaçada de extinção.

Em um haras localizado em Planaltina (DF), 16 serpentes foram encontradas. O proprietário do local será multado em R$ 68 mil por dificultar a ação dos fiscais, promover maus-tratos e por manter animais nativos e exóticos sem autorização. Das cobras resgatadas no haras, dez eram exóticas, de origem norte-americana, e seis nativas da Amazônia e do Cerrado.

Como o fato mostrou ligação com o estudante Pedro Henrique, ele também responderá pelas 16 serpentes. Segundo o Ibama, o jovem será multado em mais de R$ 61 mil, também por maus-tratos e por manter cobras nativas e exóticas em cativeiro sem autorização.

A mãe e o padrasto do estudante de veterinária também serão multados, em R$ 8.500 cada, por terem dificultado a ação de resgate. Um amigo de Pedro será multado em R$ 81.300 por dificultar a ação do Ibama, manter animais nativos e exóticos em locais inapropriados e sem autorização, além de maus-tratos.

O caso naja

No dia 10 de julho, Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul foi picado por uma naja, no Gama, DF. Ele precisou ser submetido a sessões de hemodiálise, já que o veneno do animal atacou seus rins, e ficou em coma induzido.

Nas redes sociais do rapaz era possível ver diversas imagens com espécies de cobras. Mas elas foram apagadas depois que o caso ganhou repercussão na imprensa de todo o Brasil.

Depois de morder Pedro, a cobra ficou desaparecida por quase 24 horas. Ela foi localizada no Setor de Clubes de Brasília, próxima a um shopping center, após o testemunho de diversas pessoas. Ela estava dentro de uma caixa e escondida atrás de um morro de areia.

A suspeita é que um amigo de Pedro, que já foi identificado pela polícia (mas teve sua identidade preservada), a teria deixado lá. Ainda de acordo com o BPMA, tudo indica que ele foi até o local onde as demais cobras foram encontradas nesta quinta-feira, retirou a naja e deixou as demais lá escondidas.

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*Com informações do UOL