Mercado financeiro

Dólar tem leve alta e fecha a R$ 3,7280; Bolsa recua

Após a desvalorização de mais de 5% na sexta-feira (8), o dólar comercial registrou leve…

Após a desvalorização de mais de 5% na sexta-feira (8), o dólar comercial registrou leve alta nesta segunda (11). A Bolsa brasileira recuou pelo quinto pregão consecutivo. O dólar comercial ganhou 0,51%, a R$ 3,7280. Na cotação à vista, que fecha mais cedo, houve queda de 1,33%, a R$ 3,6977. Durante a manhã, a moeda chegou a ser negociada abaixo dos R$ 3,68.

O Banco Central conseguiu conter a valorização do dólar após anunciar durante a sessão leilão de até 50 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares.

Diferentemente do que vinha fazendo, o BC não fez o anúncio sobre o leilão de swaps cambiais após a sessão anterior, quando o dólar despencou sobre o real. A atuação “surpresa” foi bem-vista pelos agentes: “Ele [o BC] não pode dar previsibilidade porque cria uma banda, um teto e um piso, e mercado fica esperando”, disse um gestor de derivativos de uma corretora local. Já o Ibovespa, principal índice acionário da B3, recuou 0,87%, a 72.307 pontos, pressionado pelas ações dos bancos. As ações preferenciais do Itaú caíram 3,03%, para R$ 39,90. Bradesco, Banco do Brasil e as units (conjunto de ações) do Santander também caíram.

As ações da Petrobras oscilaram entre perdas e ganhos durante o pregão e fecharam com alta. Os papéis preferenciais (mais negociados) subiram 0,72%, a R$ 15,36, enquanto os ordinários (com direito a voto) avançaram 2%, a R$ 18,36. Após recuar 8% nos últimos cinco pregões, o Ibovespa agora acumula perda de mais de 5% em 2018. A negociação de títulos públicos no Tesouro Direto foi interrompida duas vezes durante o dia, reflexo da volatilidade nas taxas de juros futuros.

A sequência de queda da Bolsa brasileira é vista como reflexo do pessimismo de investidores com o cenário político e econômico do país. De acordo com profissionais de renda variável, não houve mudança no cenário dos últimos dias, com o quadro político-eleitoral ainda incerto e a economia crescendo a um ritmo mais fraco do que o estimado inicialmente.

Pesquisa Datafolha de intenção de voto para a eleição presidencial “não trouxe novidades, mostrando que a disputa segue indefinida”, disse a consultoria Lopes Filho.