TÁ RUIM, MAS TÁ BOM

Comércio está otimista com vendas no Dia dos Pais

O Dia dos Pais será a primeira data comemorativa a ser celebrada depois da abertura…

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O Dia dos Pais será a primeira data comemorativa a ser celebrada depois da abertura do comércio no estado. Junto com ela vem a esperança de comerciantes e empresários de que as vendas voltem a subir. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 58% dos brasileiros pretendem comprar presentes no nesta data em 2020. Isso representa uma queda de 9 pontos nas intenções de compra em relação ao mesmo período do ano passado.

A pesquisa mostra também que a maioria dos entrevistados (37%) deve gastar o mesmo valor do que no último ano. Já o percentual dos que pretendem gastar mais saiu de 26% para 18%. Entre os que pretendem gastar menos, o percentual saiu de 21% para 34%.

Outro ponto que mudou com a pandemia foram as vendas pela internet. A pesquisa mostrou que 39% das pessoas que pretendem comprar farão de forma online, contra 24% que irão aos shoppings e16% que pretendem ir em lojas de departamento.

Expectativa em Goiás

Apesar dos números, os lojistas do estado estão otimistas com a data. A Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), por meio de sua assessoria, afirmou que essa vai ser a grande data para o setor em todo o país.

“Em cada estado ou município a abertura aconteceu em uma data diferente”, disse a entidade. “Mas acreditamos que essa será a primeira data comemorativa onde o comércio poderá atuar. Nós esperamos que o Dia dos Pais supere as expectativas”.

A entidade informou que a queda no setor foi de cerca de 11% em todo o país e de 10% em Goiás, considerando o período da pandemia com a mesma época em 2019. Para o Dia dos Pais, os comerciantes esperam um aumento de 20% em cima do que é faturado atualmente. A Fecomercio ressaltou ainda que, depois de um tempo de desconfiança, o consumidor começa a voltar às lojas.

“São 20% de algo muito ruim, mas já é alguma coisa”, afirmou a assessoria. “É difícil prever, pois a queda foi muito grande. Nos primeiros 14 dias de abertura o cenário era de muito pessimismo. Mas os clientes estão voltando aos poucos. Agora as lojas de rua estão com uma expectativa alta. Na região de Campinas, por exemplo, o comércio ficará aberto até às 17 horas no sábado”.

Os lojistas da região da 44 também esperam um aumento de vendas. Em entrevista ao Mais Goiás, o vice-presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER 44), Lauro Naves, afirmou que o retorno lento dos clientes já era esperado.

“As primeiras duas semanas foram muito tímidas. Ficamos mais de 120 dias parados. Além dos clientes, muitos lojistas também não abriram. E tinha que ser dessa forma mesmo: lenta, gradual e responsável. Mas agora praticamente 100% dos estabelecimentos estão funcionando”, disse o vice-presidente.

Lauro acredita também que, apesar do otimismo, as vendas devem ser menores do que em 2019. “Esperamos uma queda de cerca de 20% nas vendas, comparando com o ano passado. Tradicionalmente venderíamos em torno de R$ 150 milhões neste fim de semana, mas achamos que vai ficar em torno de R$ 110 milhões com a pandemia”.

Cuidados especiais

Por fim, Lauro ressaltou que a AER 44 tem tomado uma série de medidas sanitárias para garantir a segurança e a saúde dos clientes. Ele afirmou que foi criado um grupo de fiscalização que, uma vez por semana, vistoria todos os empreendimentos da região.

“Verificamos a quantidade de pessoas dentro da loja, a aferição de temperatura, a disponibilização de tapede higienizante e de álcool em gel, além da não permissão de circulação de crianças com menos de 12 anos. As lojas que cumprem com todos esses requisitos recebem um selo de segurança. Quem não cumprir perde o selo e é denunciado à prefeitura. Mas isso não aconteceu até agora”, concluiu.