Grãos

Construção de armazéns deve crescer 30% neste ano com o Plano Safra 2017/2018

A armazenagem tem sido um problema para alguns agricultores. Assim, o governo espera resolver o…

A armazenagem tem sido um problema para alguns agricultores. Assim, o governo espera resolver o problema com o novo Plano Safra 2017/2018, que vai oferecer mais recursos para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).

Em Goiás, a capacidade de armazenagem total é de 13,5 milhões de toneladas. Apenas 8% está nas propriedades. “Os investimentos nestas instalações são altos, sem um retorno financeiro de curto prazo, o que pode inviabilizar o avanço da nossa capacidade instalada. Por isso, é muito importante que o poder público defina políticas de apoio ao crédito para este tipo de investimento”, aponta o analista técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Cristiano Palavro.

De acordo com Palavro, a armazenagem a nível de propriedade rural é fundamental para a melhoria do sistema produtivo do estado. “Isso possibilita maior flexibilidade para a comercialização e logística dos produtores”, diz.

Crescimento

As empresas fabricantes de silos e armazenagens estão otimistas com o recurso anunciado a juros mais baixos. Uma das mais importantes desse mercado, a Kleper Weber, espera crescimento de 30% no volume de vendas para o segundo semestre.

PCA

No Plano Safra deste ano, as cerealistas terão acesso ao financiamento. O governo federal busca beneficiar principalmente produtores do Centro-Oeste e Norte do país, que enfrentam limitações em relação à armazenagem pela falta de cooperativas. Foram destinados R$ 300 milhões do PCA para contemplar essas empresas.

Aquelas que estiverem bem financeiramente devem acessar o programa. “No passado eles não acessavam pela questão da burocracia, pelo juro elevado, mas também por certa condição em que fica mais fácil deixar que o produtor e as cooperativas”, conta o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz. Mesmo com aporte maior do que em 2016 e juros mais atrativos, o economista sugere cautela a quem for acessar o financiamento. “Deve investir agora a cerealista, a cooperativa, aquele produtor que tem um projeto de investimentos cuja viabilidade econômica ele conhece. Vamos aproveitar as oportunidades, mas fazendo conta, não é só na emoção”, completa.

Com informações da Faeg e da Famasul