Desenvolvimento

Empresários goianos ressaltam importância das missões comerciais para crescimento do Estado

As missões comerciais lideradas pelo governador Marconi Perillo em seus quatro mandatos à frente do…

As missões comerciais lideradas pelo governador Marconi Perillo em seus quatro mandatos à frente do Palácio das Esmeraldas têm sido estratégicas e imprescindíveis para o crescimento do Estado e para a geração de empregos, mesmo em tempos de crise econômica, afirmam empresários goianos que têm integrado as delegações. Segundo eles, as missões foram decisivas para evolução dos números do Produto Interno Bruto (PIB), da balança comercial, da geração de empregos e da expansão do total de países com os quais Goiás mantém fluxo de comércio.

Presidente do Café Rancheiro e do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SIAA), Wilson de Oliveira participa, desde 2003, das missões capitaneadas pelo governador Marconi Perillo. O empresário relata o impulso que as incursões ao exterior deram no seu negócio, a partir da ampliação da produção com o consequente aumento dos postos de trabalho.

“Comecei a participar das missões em 2003, quando o governador comandou missão para a Grécia. Desde então, o Café Rancheiro não parou de crescer e gerar empregos, diretos e indiretos. Quando fomos para a primeira missão, éramos líderes de vendas na Grande Goiânia e na região de Anápolis. Éramos uma empresa pequena. A partir de então, nos tornamos líderes em Goiás e, atualmente, somos líderes na Região Centro-Oeste”, contou. “Como empresário, sou testemunha do quanto minha empresa foi beneficiada pelos resultados das missões comerciais lideradas pelo governador Marconi Perillo em seus quatro mandatos”.

Relatos de incremento nas vendas como o do presidente do Café Rancheiro são comuns entre os empresários, sobretudo a médio e longo prazos, a partir das missões. Há casos, no entanto, em que negócios são fechados imediatamente após os encontros. É o que relata o empresário do ramo de couros, Emílio Bittar, da Coming, que está acompanhando Marconi Perillo em visitas a países da América do Sul. Após receber encomendas de duas empresas esta semana no Uruguai, teve de dar início imediatamente à seleção de 100 novos trabalhadores para a empresa, sediada em Trindade.

“A missão, para minha empresa está sendo muitíssima importante e rica. Fechamos negócio com duas empresas uruguaias, o que trará um incremento importante nas exportações da Coming, nossa empresa goiana, que já exporta para vários países. O mais importante é que nos permitirá contratar imediatamente mais pessoas. Portanto, esta missão, já no primeiro país de três que visitaremos, já resultou em aumento de empregos no nosso estado”, informou o empresário. “Já demos ordem para contratar mais 100 pessoas; empregos diretos”, revelou. A Coming beneficia couro destinado às indústrias de calçados, artefatos, estofamentos mobiliares e automotivos.

De acordo com o diretor-presidente da Jalles Machado, Otávio Lage de Siqueira Filho, o grupo comandado por ele conseguiu aumentar substancialmente as exportações, colaborando para o fortalecimento da economia goiana e da empregabilidade. Presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Otávio Lage é categórico ao afirmar que não teria conquistado mercados fora do Brasil se tivesse buscado clientes de maneira individual.

“Temos condição de fazer esses contatos de maneira muito mais eficaz, quando vamos em missão oficial. Porque, quando vamos representando só uma empresa, a dificuldade é muito maior. Na missão oficial, comandada pelo Governo de Goiás, temos apoio da Embaixada, do adido comercial, que tem o conhecimento das necessidades da realidade local. Com missão oficial, conseguimos muito mais do que a empresa se lançar em busca desses novos mercados sozinho”, explicou o presidente da Adial.

José Garrote, presidente do Grupo São Salvador Alimentos, que inclui a Super Frango, de Itaberaí, tem opinião parecida. Antes das missões, relatou, “não vendíamos nenhum container para o exterior”. De acordo com Garrote, 25% da produção do grupo é destinada para o mercado externo. “Essa política externa do governo de Goiás abre as portas para as condições de relações. Para nós, foi decisiva essa abertura”, declarou o empresário que fez parte de missões lideradas por Marconi à China, Índia, Japão e Coreia do Sul.

Desde o primeiro governo de Marconi Perillo, em 1999, o PIB cresceu dez vezes. Saltou de R$ 17,4 bilhões em 1998 para R$ 178 bilhões em 2016. A balança comercial, por sua vez, cresceu 2,3 vezes entre 2005 e 2015, de US$ 1,093 bilhão para US$ 2,515 bilhões. O número de países para os quais Goiás exporta seus produtos cresceu duas vezes e meia, de cerca de 50 em 1998 para 145 nações em 2015.

China, Holanda, Índia, Rússia, Coreia do Sul, Irã, Estados Unidos, Hong Kong, Vietnã e Itália são os principais destinos das mercadorias de Goiás, exatamente os países priorizados pelas principais missões comerciais empreendidas. O saldo da balança comercial é positivo para Goiás, com os valores exportados superando o total de importações, evidenciando a força da economia do Estado e o resultado do estímulo do Governo de Goiás à promoção do comércio exterior.

Em 2015, a análise mostra que o PIB goiano cresceu 0,5% no período de 12 meses encerrado em junho enquanto o País registrava retração de 1,2%. A participação goiana no PIB do Brasil também foi destacada pelo BC, passou de 2,5%, em 2004, para 2,8% em 2012 – último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As missões comerciais, afirmam especialistas, foram fundamentais para esse processo,.

Neste ano, de 2015, o Estado aumentou de 27,2% para 28,8% sua representatividade no PIB do Centro-Oeste – no entanto ainda em patamar inferior ao Distrito Federal (39,8%) e superior ao Mato Grosso (18,8%) e Mato Grosso do Sul (12,7%). Segundo Túlio Maciel, do departamento econômico do Banco Central, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram as que apresentaram dinâmica melhor nos últimos dez anos. E, na última, o destaque é para Goiás pelo dinamismo da atividade econômica.

Entre os maiores investimentos estrangeiros anunciados para o Estado nos últimos meses estão Heineken, Caracal, Gerresheimer, Orico Gold, Anglo e Heinz, todos resultados das missões comerciais realizadas pelo Governo de Goiás. É o caso também de Hyundai, Suzuki e da ampliação da Mitsubishi.