VIAGENS

Fluxo de passageiros nas companhias aéreas sobe 30% em maio

O tráfego doméstico de passageiros cresceu 30% em todo o mundo em maio, em comparação…

Anvisa suspende até sábado exigência de declaração de saúde para viajantes
Anvisa suspende até sábado exigência de declaração de saúde para viajantes - (Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil)

O tráfego doméstico de passageiros cresceu 30% em todo o mundo em maio, em comparação com a forte baixa em abril, quando grande parte do setor se viu paralisada pela pandemia do novo coronavírus, de acordo com estimativa da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Ainda de acordo com a entidade, as companhias aéreas reduziram as tarifas domésticas em 23% no mês passado, em média, numa tentativa atrair mais consumidores dispostos a voltar a voar.

Em uma apresentação on-line, Brian Pearce, economista-chefe da IATA, disse que, pelo que tudo indica, o ponto mais baixo para o setor aéreo se deu em abril. Uma recuperação estaria em curso agora.

– Em maio, o setor começa a se recuperar, principalmente na região Ásia Pacífico, ajudado por uma mistura de tarifas mais baixas e relaxamento das normas de isolamento social em alguns mercados – afirmou Pearce.

Ele acrescentou:

– As companhias aéreas precisam de dinheiro por causa da crise e estão tentando incentivar os consumidores com tarifas mais baixas.

No fim do mês passado, a IATA previu que a receita do setor aéreo com a venda  de passagens no Brasil vai totalizar US$ 9,3 bilhões em 2020, uma queda de 50% em relação ao ano passado.

Mesmo recuo terá o volume de passageiros, que em 2019 chegou a 120 milhões de pessoas.  Em abril, a associação previu que as aéreas em todo o mundo devem perder US$ 314 bilhões com a pandemia.

Mais custo, menos passageiros

Mas a retomada do fluxo de passageiros nos voos não é o fim dos problemas das áreas. Ao contrário. Segundo o executivo, o principal desafio do setor agora é o fato de os custos por passageiro aumentarem muito por casa de restrições que foram implementadas para minimizar os riscos de contágio nos voos.

A Iata, disse Pearce, prevê “um período bastante difícil para as companhias aéreas”, à medida que os vôos são retomados gradualmente. Um eventual retorno à lucratividade continua sendo uma perspectiva distante para muitas operadoras, que atualmente lutam para sobreviver.

Os mercados asiáticos, entre os primeiros a serem atingidos, estão se recuperando gradativamente, com os tráfegos domésticos chinês, sul-coreano e vietnamita voltando a 25% dos níveis do ano anterior.

As reservas de passagens no verão do hemisfério norte, que normalmente aumentam a partir de março, mostraram apenas o início de uma melhoria em maio, e as pesquisas no Google por viagens aéreas ainda estão 60% abaixo do nível de janeiro, informou a organização.