RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Justiça dos EUA aprova proposta de financiamento de US$ 2,4 bi à Latam

A Justiça dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira a proposta de financiamento de US$ 2,45…

Passageiro tentou sem sucesso adentrar na cabine de voo que saiu de Recife para São Paulo
Passageiro tentou sem sucesso adentrar na cabine de voo que saiu de Recife para São Paulo (Foto: divulgação - Latam)

A Justiça dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira a proposta de financiamento de US$ 2,45 bilhões apresentada nesta semana pela pela companhia aérea Latam, que está em recuperação judicial no país desde maio e tem cerca de US$ 18 bilhões em dívidas.

O juiz James Garrity Jr. aceitou os termos da oferta, a segunda apresentada pelos principais acionistas da empresa — as famílias Cueto e Amaro, a Qatar — em conjunto com o fundo Oaktree, da credora Knighthead Capital e de acionistas.

A primeira proposta, feita pelos controladores e pelo fundo Oaktree foi recusada em 10 de setembro pelo mesmo magistrado. A oferta previa que os principais acionistas pudessem converter parte da dívida em participação acionária com um desconto de 20%, o que foi questionado por credores como a Knighthead e minoritários.

A atual oferta é resultado da negociação com a Knighthead e outros acionistas, que retiraram suas objeções à proposta nesta sexta-feira.

O empréstimo DIP (que garante ao credor prioridade no recebimento dos créditos) será dividido em duas partes. Na primeira, que levantará até US$ 1,3 bilhão, o Oaktree contribuirá com US$ 1,125 bilhão, enquanto a Knighthead Capital participará com US$ 175 milhões.

Na segunda, cujo valor será de até US$ 1,150 bilhão, os controladores da empresa aportarão US$ 750 milhões (contra US$ 900 previstos inicialmente).

A Knighthead Capital entrará com US$ 250 milhões e acionistas minoritários da Latam, até US$ 150 milhões. Caso esse valor não seja atingido, o diferencial será fornecido pelos outros credores participantes da oferta.

Em nota, o presidente do grupo Latam, Roberto Alvo, afirmou que a aprovação é um passo “muito significativo” para a sustentabilidade da empresa, que ainda precisa apresentar seu plano de recuperação judicial.