POLÊMICA

Lego pede que empresa pare de vender armas que parecem de brinquedo nos EUA

Uma empresa norte-americana que comercializa armas de fogo recebeu, nesta terça-feira (13), um pedido da…

Lego pede que empresa pare de vender armas que parecem de brinquedo nos EUA
Lego pede que empresa pare de vender armas que parecem de brinquedo nos EUA (Foto: Reprodução/Instagram)

Uma empresa norte-americana que comercializa armas de fogo recebeu, nesta terça-feira (13), um pedido da Lego para interromper a venda de pistolas que pareçam brinquedos infantis. O assunto causou polêmica nos EUA após a loja Culper Precision produzir capas para o revólver Glock feitas com o brinquedo colorido.

A Culper Precision, empresa sediada no estado norte-americano de Utah, lançou no dia 23 de junho a “Block19”, uma adaptação da Glock, uma arma de fogo que só pode ser adquirida por pessoas autorizadas no distrito.

“A Block19 foi desenvolvida para destacar o puro prazer dos esportes de tiro”, escreveu a empresa em um comunicado. Segundo a BBC, a Culper Precision se aproveita da lei estadual que proíbe a venda de brinquedos que pareçam armas, mas não diz nada a respeito de armas reais que pareçam brinquedos.

O lançamento do produto gerou revolta em ativistas do controle de armas, que descreveram o objeto como irresponsável e perigoso. Shannon Watts, líder da Moms Demand Action e do Every for Gun Safety disse que enviou uma nota à Lego cobrando um posicionamento.

“Em 2015, cerca de 4,6 milhões de crianças viviam em casas com pelo menos uma arma de fogo carregada e desbloqueada, um número que provavelmente aumentou durante a onda de compra de armas no país nos últimos 16 meses”, justificou a ativista em seu Instagram.

A mobilização de Watts parece ter surtido efeito. Ontem o presidente da vendedora de armas, Brandos Scott, informou ao Washington Post, após uma conversa com advogados, que decidiu acatar ao pedido da Lego e retirar o produto de estoque.

Vendido a US$ 765 (cerca de R$ 3,9 mil), pelo menos 20 exemplares da “Block19” foram comercializados até a decisão do presidente.

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