'BEST FOR THE WORLD'

Lista global reconhece 39 empresas B com boas práticas no Brasil

Negócios de impacto da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais estão no ranking global de empresas…

Lista global reconhece 39 empresas B com boas práticas no Brasil
Lista global reconhece 39 empresas B com boas práticas no Brasil (Foto: Reprodução/Reinaldo Canado/Folhapress)

Negócios de impacto da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais estão no ranking global de empresas que possuem boas práticas em comunidade, clientes, meio ambiente, governança e trabalhadores em 2021. O “Best For The World”, representado pelo Sistema B, reconheceu 39 iniciativas brasileiras entre as 750 de todo o planeta.

As empresas destacadas estão entre as 5% mais bem pontuadas em cada categoria, que leva em conta o porte de cada uma delas. A ideia é incentivar melhores práticas para que empresas que equilibram lucro e propósito avancem coletivamente.

Na categoria meio ambiente, que avalia o impacto ambiental dos negócios, foram reconhecidas Boomera, Fazenda da Toca Orgânicos e Retalhar. A Boomera, que virou referência ao reaproveitar plásticos unindo catadores, indústria e academia, venceu o prêmio Empreendedor Social em 2019, do qual a Fazenda da Toca foi finalista em 2018 e a Retalhar em 2016.

“O reconhecimento das nossas práticas socioambientais em meio a esse já seleto grupo de empresas B de todo o mundo reforça nosso propósito de integrar a vida têxtil por meio de uma cadeia de impactos positivos”, diz Jonas Lessa, fundador da Retalhar.

A empresa atua com gestão empresarial de resíduos como uniformes de grandes empresas. “O contexto muda, inovamos e transformamos, mas seguimos firmes tendo a solução de impactos socioambientais como base sólida na condução do negócio”, completa.

Na categoria comunidade, que mede as contribuições para o bem-estar econômico e social das comunidades impactadas, está a Editora Mol. A empresa que criou o conceito de “produto socioeditorial” venceu o Empreendedor Social em 2018.

“Mais do que reconhecimento, pertencer à elite do Sistema B global é um incentivo que tem nos guiado na busca por melhores práticas de governança e gestão de impacto”, diz Roberta Faria, uma das fundadoras da editora.

Ela enxerga espaço para que a Mol evolua nas métricas para ser uma empresa B, o que considera uma bússola qualquer empresa que deseje ser melhor para o mundo.

“Você pode chamar isso de Sistema B, ESG ou capitalismo consciente, mas, na verdade, colocar o impacto positivo no centro é questão de sobrevivência para qualquer negócio no futuro próximo”, afirma. “Queremos esse clube muito maior.”

Entre as melhores práticas com os trabalhadores está a Carambola, negócio de impacto social que desenvolve tecnologia para inclusão de diversidade no mercado de trabalho. A empresa venceu o prêmio Empreendedor Social de Futuro em 2019. “Ser reconhecida é motivo de muito orgulho e de certeza que estamos no caminho certo nessa jornada empreendedora”, avalia Gustavo Glasser, fundador da Carambola.

“Focamos na inclusão e no impacto social ao formarmos times com diversidade primária e sociocultural que vão mudar a cultura e acelerar a transformação digital das empresas”, completa.

Na categoria clientes estão 4YOU2 Idiomas, Raízes Desenvolvimento Sustentável e Movva (ex-MGov). As duas primeiras foram finalistas do Empreendedor Social de Futuro em 2015 e em 2012, respectivamente.

A Movva, com seus nudgets de incentivo à educação, foi um dos destaques na edição especial do Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19, em 2020. “Ser uma empresa integrante do Sistema B significa que nosso compromisso é maior do que com os acionistas”, afirma Guilherme Lichand, cofundador da Movva.

Ele explica que a empresa entrega valor social expressivo para seus clientes. “Mais do que apoiar a gestão da carteira de alunos das redes públicas e privadas de ensino, nosso produto tem impactos enormes sobre aprendizagem e evasão —o suficiente para nos classificar entre as 5% melhores do mundo na categoria clientes”, afirma.

Para Francine Lemos, diretora executiva do Sistema B, o movimento simboliza um norte para boas práticas no país. Ao participar da avaliação, as candidatas respondem a um questionário que também serve de base para a certificação B. “Um dos maiores benefícios ao se tornar B é entrar para uma rede de trocas e aprendizados”, diz Lemos.

“Essa iniciativa é mais que um reconhecimento às empresas que são destaques nas áreas que avaliamos ao certificar um negócio, é uma maneira de inspirar que elas sejam replicadas.”

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