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Trump confirma que vai proibir TikTok nos EUA

O presidente americano, Donald Trump, anunciou na noite desta sexta-feira (31) que vai proibir o…

Neto do último presidente da ditadura defende ausência de Trump na posse de Biden
Neto do último presidente da ditadura defende ausência de Trump na posse de Biden

O presidente americano, Donald Trump, anunciou na noite desta sexta-feira (31) que vai proibir o aplicativo TikTok nos Estados Unidos, sob a alegação de que a rede social pode estar sendo usada por serviços de inteligência da China.

“No que diz respeito ao TikTok, vamos proibi-lo nos Estados Unidos”, disse Trump a jornalistas dentro do Air Force One, o avião presidencial. Se confirmado, o banimento será o mais recente episódio da Guerra Fria 2.0 travada entre os EUA e a China.

Sem dar detalhes, o líder republicano disse que tem toda a autoridade para anunciar medidas definitivas contra o aplicativo usando poderes econômicos emergenciais ou de uma “ordem executiva —ambas são prerrogativas presidenciais. Trump afirmou ainda que vai fazer o anúncio oficial sobre a proibição neste sábado (1º), mas não deu mais detalhes.

O TikTok conta com mais de 800 milhões de usuários ativos e foi o aplicativo mais baixado no primeiro trimestre de 2020. Ele permite que usuários publiquem e compartilhem vídeos curtos, geralmente cômicos.

Nesta sexta, a agência Bloomberg relatou que o presidente anunciaria um decreto para obrigar a ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok e avaliada em US$ 100 bilhões (R$ 521 bi), a vender suas operações nos EUA.

Uma fonte anônima informou que a Microsoft está em fase de negociações para comprar o TikTok, investigado por autoridades americanas que o consideram uma ameaça à segurança nacional. Um dos principais motivos para a preocupação dos EUA é a Lei de Inteligência Nacional em vigor na China, que obriga as empresas do país a repassar qualquer informação que o regime demande.

No início de julho, Trump já havia feito ameaças contra o TikTok. Para o presidente, bloquear o aplicativo seria “uma das muitas” maneiras de atingir o regime chinês. A liderança da ByteDance tentou apaziguar as preocupações do governo nomeando um americano para chefiar seus negócios no país.

Em maio, contratou um alto executivo da Disney, Kevin Mayer, como novo presidente. “Não somos políticos, não aceitamos publicidade política e não temos uma agenda política”, disse Mayer, nesta semana. “Nosso único objetivo é permanecer uma plataforma dinâmica para que todos possam desfrutar.”

“Todo o setor de negócios está sendo examinado cuidadosamente, e com razão. Devido às origens chinesas da empresa, estamos sendo examinados ainda mais de perto. Nós aceitamos o desafio.” Recentemente, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse em uma entrevista que os dados de usuários do TikTok vão parar “nas mãos do Partido Comunista Chinês”.

Em defesa, o aplicativo disse que nunca fornece dados de usuários ao regime chinês e que não o faria se fosse solicitado.

A proibição nos EUA pode ser um segundo golpe para o projeto de expansão internacional da ByteDance —em junho, em meio a uma tensão na fronteira entre China e Índia, os indianos bloquearam TikTok, Baidu e outros 57 aplicativos chineses por considerá-los “prejudiciais à soberania e integridade, à defesa do país, segurança de Estado e ordem pública”.

O Paquistão emitiu recentemente um “aviso final” ao aplicativo para remover o conteúdo considerado “imoral, obsceno e vulgar” de sua plataforma. O TikTok também está sendo investigado pela Comissão Federal de Comércio e pelo Departamento de Justiça dos EUA.

A suspeita é de que o aplicativo esteja coletando informações sobre crianças menores de 13 anos sem a autorização dos pais, o que violaria as leis americanas de privacidade e um acordo prévio da ByteDance com autoridades do país. Os conflitos de Trump com o aplicativo também estão relacionados à campanha de reeleição do presidente.

Em junho, usuários do TikTok e fãs de k-pop disseram ter sido responsáveis pelo esvaziamento do primeiro comício em meses do líder republicano. Os grupos pediram que as pessoas se cadastrassem para ir ao evento em Tulsa, no estado de Oklahoma, sem a real intenção de comparecer, inflando o número previsto de espectadores para 1 milhão. O público foi de 6.200 pessoas.

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