SÃO PAULO

Eleitores homens e mais pobres explicam empate técnico entre Tarcísio e Haddad

A aproximação entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) captada pelo Ipec foi puxada principalmente pelo avanço…

Eleitores homens e mais pobres explicam empate técnico entre Tarcísio e Haddad (Foto: Reprodução)
Eleitores homens e mais pobres explicam empate técnico entre Tarcísio e Haddad (Foto: Reprodução)

A aproximação entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) captada pelo Ipec foi puxada principalmente pelo avanço do candidato do PT entre homens e pelo recuo do ex-ministro de Jair Bolsonaro entre os mais pobres. Em pesquisa divulgada nesta terça-feira, Tarcísio tinha 46% das intenções de voto, enquanto Haddad, apoiado por Lula, aparecia com 43%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão em empate técnico.

O resultado da pesquisa refletiu um acirramento na disputa após uma semana em que Haddad aumentou os ataques contra Tarcísio, ligando o candidato do Republicanos ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso após atirar com um fuzil e arremessar granadas contra policiais federais. Na última pesquisa Datafolha, divulgada há uma semana, Tarcísio tinha 49% e Haddad, 40%.

Segundo o Ipec, Haddad cresceu cinco pontos percentuais entre os homens, enquanto Tarcísio oscilou negativamente um ponto. Tarcísio ainda lidera nessa fatia do eleitorado, com 51% das intenções de voto, contra 40% do petista. Os dois estão empatados entre as mulheres. Nesse grupo, quem lidera é Fernando Haddad, com 45%, mas empatado tecnicamente com Tarcísio, que tem 43%, após oscilar dois pontos para cima.

Por outro lado, o Ipec também captou uma queda de Tarcíso entre os mais pobres: o candidato de Bolsonaro foi de 37% das intenções de voto para 33% entre os eleitores com até 1 salário mínimo na família. A diferença de Haddad para Tarcísio nesse grupo foi para 19 pontos. Em movimento inverso, o ex-ministro da Infraestrutura foi de 39% para 47% entre aqueles com renda familiar mensal de 1 a 2 salários mínimos.

Assim como no primeiro turno, entretanto, a pesquisa vem apontando sinais de uma disputa que pode ser mais imprevisível do que o comum. Na último levantamento antes de os paulistas irem às urnas, em 1º de outubro, Haddad tinha 34% das intenções de votos contra 26% de Tarcísio e 9% do eleitorado ainda não sabiam em quem votar. Na pesquisa espontânea, esse número era ainda maior: 40%. Na apuração, o resultado mostrou Tarcísio na frente com 42,3% das intenções de voto e Haddad com 35,7%.

Neste segundo turno, 4% responderam que ainda não sabem em quem vão votar na pesquisa estimulada. Na espontânea, a quatro dias da eleição, o percentual também é alto: 21% ainda não conseguem responder na ponta da língua qual será o seu voto no próximo domingo.

O Ipec entrevistou presencialmente 2.000 eleitores de 16 anos ou mais em São Paulo. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos para um intervalo de confiança de 95% e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-06977/2022.