ENTREVISTAS

Em Goiás, Censo só conseguiu 35% das coletas

Em Goiás, o Censo Demográfico 2022 só coletou 35% das informações do levantamento. A informação…

IBGE se une a órgãos públicos e sociedade civil para concluir Censo
IBGE se une a órgãos públicos e sociedade civil para concluir Censo (Foto: Jucimar de Sousa)

Em Goiás, o Censo Demográfico 2022 só coletou 35% das informações do levantamento. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As entrevistas, que tiveram dois anos de atraso, começaram em 1º de agosto.

A expectativa era terminar em outubro, mas o prazo já foi dilatado para dezembro. De fato, conforme dados atualizados do IBGE, somente oito dos 27 Estados (e Distrito Federal) conseguiram mais de 50% das informações. São sete no Nordeste e um no Norte.

Sergipe aparece com o maior percentual: 62,2%. Depois vem o Piauí, com 60,3%; e Maranhão (59,9%). Amazonas, o representante do Norte, é o quarto, com 59,4%. Os demais são: Ceará (57,1%), Rio Grande do Norte (57%), Alagoas (56,7%) e Pernambuco (54,5%).

O menor percentual é do Mato Grosso: 25,3%. Depois vem Roraima (29%), Acre (33,5%), Mato Grosso do Sul (33,8%), Goiás (com os já citados 35%), Paraná (36,4%) e Distrito Federal (38,6%). A média no País está em 44%.

Dificuldades

Pelo País, os recenseadores do IBGE enfrentam uma série de dificuldades, o que pode justificar os atrasos. São recusas da população para responder os questionários, mentiras, ameaças e até agressões.

Em Rio Verde, uma entrevistadora teve o celular roubado enquanto trabalhava. O crime aconteceu em 24 de setembro e o suspeito de roubar o celular da vítima foi preso dois dias depois. Ele também subtraiu um Dispositivo Móvel de Coleta (DCM) do IBGE.

Em Belo Horizonte, um recenseador foi vítima de injúria racial. Mesmo com todas os documentos, colete, crachá e boné, uma moradora de um prédio compartilhou foto dele em um grupo de WhatsApp “alertando” que o entrevistador teria “pinta de assaltante”.

Um vizinho precisou repreender a atitude da mulher, postando foto do crachá do trabalhador temporário. “Esse rapaz esteve no meu prédio ontem à noite, e uma moradora postou que ele tinha pinta de assaltante, uma vergonha esse preconceito racial.”