Operação Tractamus

Ex-prefeita, esposo e seis vereadores são denunciados por compra de votos, em Araguapaz

A ex-prefeita do município de Araguapaz, Márcia Bernardino de Souza, o marido dela e também…

Justiça autoriza bloqueio de bens de ex-prefeito de Araguapaz
Justiça autoriza bloqueio de bens de ex-prefeito de Araguapaz

A ex-prefeita do município de Araguapaz, Márcia Bernardino de Souza, o marido dela e também ex-prefeito, José Segundo Rezende Júnior, e outros seis vereadores foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Todos já estavam presos preventivamente desde setembro, suspeitos de envolvimento em um esquema de compra de votos na Câmara Municipal.

Os vereadores denunciados são: Egnaldo José de Carvalho, Pedro da Silva Souza, Frederico Antônio Monteiro, Derci Francisco Cardoso, Célio Ferreira Nunes e Fábio Divino Cardoso. Todos os envolvidos vão responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.

“Facilmente corrompidos”

A denúncia foi feita após interceptações telefônicas e quebras de sigilo de WhatsApp entre os envolvidos. De acordo com o texto, os vereadores se utilizaram do mandato para ganhar dinheiro de forma ilícita e repetidas vezes.

A denúncia ressalta, ainda, que os parlamentares eram “facilmente corrompidos” e que a principal atividade deles nos mandatos era receber dinheiro.  “[…] eram facilmente corrompidos, no que se infere que o exercício do cargo público que lhes foi atribuído tinha como principal finalidade o enriquecimento ilícito e não a defesa dos interesses da população”.

A defesa dos acusados não foi encontrada pela reportagem. O espaço do Mais Goiás está aberto para manifestações, caso haja interesse.

Compra de votos

O esquema foi desmontado pela Operação Tractamus, fruto de um trabalho conjunto entre o MP-GO e a Polícia Civil (PC). As investigações mostraram que o esposo da ex-prefeita ofereceu pagamentos mensais aos parlamentares para evitar o impeachment de Márcia, em junho de 2019.

Os valores, segundo as investigações, variavam entre R$ 1 ml e R$ 63 mil. Foi oferecido, ainda, o custeio de despesas com farmácia e combustível. Essa negociação, de acordo com os promotores, foi responsável pela manutenção da prefeita no cargo.

Calote

Apesar do acordo firmado, o pagamento não foi feito aos vereadores. Um novo processo de impeachment foi aberto e, por meio do irmão de um dos vereadores, José Segundo ofereceu R$ 260 mil aos mesmos parlamentares. Apesar da oferta, o novo acordo não foi acertado e Márcia foi afastada da Prefeitura.

Com informações de MP-GO.