Impostos

Gerdau condena possível reedição da CPMF e defende eficiência na saúde

O presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, condenou nesta quarta-feira, 7,…

O presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, condenou nesta quarta-feira, 7, uma possível reedição da CPMF para financiar a saúde. O empresário participou hoje da cerimônia de posse do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro. Para Gerdau, a CPMF é um imposto velho e cumulativo.

“Tem um monte de outras alternativas à criação da CPMF”, ponderou o empresário. Segundo ele, é possível melhorar a eficiência da saúde antes de se pensar em criar impostos para financiá-la. “Não se deve fazer impostos cumulativos, impostos velhos. A saúde, o maior financiamento está dentro dela, melhorando eficiência. Dá para ter melhora de 20% a 30% da produtividade da saúde”, argumentou.

Gerdau também elogiou o discurso de posse de Armando Monteiro e o governo. Segundo ele, o MDIC está voltado para a construção de uma economia de competitividade. Ele ponderou, no entanto, que o cenário internacional pode ser um desafio. “É preciso analisar esses cenários, eles exigem mudanças políticas”, disse.

Questionado se o aperto fiscal prometido pela nova equipe econômica pode tirar estímulos das empresas de infraestrutura e da indústria, ele disse que é preciso pensar a longo prazo. “É um processo complexo. Não há outra opção. Para se desenvolver, tem de se criar outros patamares de competitividade e, para isso precisa da participação de todos”, disse, ao se referir a como o aperto das contas públicas pode afetar o trabalho dos ministros recém-empossados. “Uma coisa é a visão a curto prazo e outra a médio e longo prazo. O cenário de confiabilidade, dentro das medidas anunciadas, mostra políticas que estimularão o crescimento, desenvolvimento e investimento”, afirmou.