CORONAVAC

Goiás não deve ser afetado por decisão de Bolsonaro de não comprar vacinas

O secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, diz que eventual desistência do governo federal…

Secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, trabalha para que seja aberto o Hospital de Campanha de Águas Lindas
Ismael Alexandrino (Foto: Divulgação)

O secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, diz que eventual desistência do governo federal pela a compra da Coronavac, vacina contra covid-19 em desenvolvimento pelo laboratório Sinovac Biotech, não deve alterar cronograma da imunização da população goiana. Segundo ele, apesar da manifestação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não houve comunicado oficial.

“O Ministério da Saúde ainda não nos enviou um comunicado oficial. Mas se esta for a deliberação não deve alterar quase nada na programação, visto que tem outras apontadas para serem disponibilizadas a partir de janeiro”, disse o secretário ao Mais Goiás.

Ismael Alexandrino afirma ainda que não há previsão da quantidade de vacinas a serem disponibilizada pelo governo federal a Goiás, pois depende da disponibilização fabril para o Ministério da Saúde. “Mas o que chegar para o MS será distribuído de forma equitativa à medida que for chegando, sem privilégio ou prejuízo pra nenhum estado”, salientou.

O governador Ronaldo Caiado (DEM) chegou a publicar vídeo nas redes sociais comemorando o acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina.

Entenda

O presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou nesta quarta-feira (21) que o imunizante contra o novo coronavírus “não será comprado” pelo governo brasileiro. A mensagem foi publicada em uma rede social, em resposta a um comentário de um adolescente crítico ao anúncio. Bolsonaro disse ainda que a vacina precisa ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A desautorização está ligada à guerra fria que Bolsonaro mantém com o governador de São Paulo João Dória (PSDB), que firmou parceria do Butantan com a empresa chinesa para a produção da vacina, além de acender os bolsonaristas radicais, que tratam a China como inimiga ideológica.

Pazuello anunciou aos governadores em reunião na terça-feira (20) que a União iria comprar 46 milhões de doses da CoronaVac. Assim como todas as outras, a vacina ainda está em fase de testes.