Goiás registra queda no número de casos de malária nos primeiros meses do ano
Neste ano, o estado já registra 19 casos confirmados da doença. Para efeito de comparação, durante todo o ano passado houve 101 registros
Goiás registrou queda expressiva no número de contaminações por malária em 2024. Neste ano, o estado já registra 19 casos confirmados da doença. Para efeito de comparação, durante todo o ano passado houve 101 registros.
Somente o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade de referência em Goiás, registrou 18 casos de malária. Em 2023, foram 89.
O que é malária?
A malária é uma doença infecciosa aguda transmitida pela picada do mosquito Anopheles infectado, conhecido como “mosquito prego”, demanda atenção especial.
A malária se manifesta por meio de sintomas como dor de cabeça e no corpo, mal-estar, cansaço, calafrios, febre alta, suor intenso, fraqueza intensa, náuseas e vômitos, podendo surgir isoladamente ou em conjunto. Esses sintomas aparecem entre dez a 15 dias após a picada do mosquito.
“A malária permanece como uma preocupação significativa para a saúde pública no Brasil, especialmente nos estados da região Amazônica, onde a transmissão é mais intensa”, destaca Luiz Felipe Silveira Sales, Infectologista e Coordenador Médico das Enfermarias do HDT.
A transmissão da malária
O ciclo de transmissão da malária inicia quando um mosquito fêmea sadio pica um indivíduo doente e se infecta. Ao picar outra pessoa sadia, o mosquito transmite os parasitas que se multiplicam no sangue, perpetuando a doença.
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que detectam o parasita causador da doença, utilizando testes rápidos ou análise microscópica de lâminas de sangue.
O tratamento é realizado com medicamentos antimaláricos específicos, escolhidos com base no tipo de parasita e na gravidade da infecção, com duração variável de alguns dias a semanas, dependendo das características do paciente.
Em relação à prevenção, viajantes para áreas de alta transmissão devem adotar precauções rigorosas, como o uso de repelentes, mosquiteiros impregnados com inseticida e roupas que cubram o corpo. Em alguns casos, o uso de medicamentos antimaláricos profiláticos pode ser recomendado, sempre sob orientação médica.
A malária pode se tornar grave se não for tratada adequadamente, podendo levar à morte devido a danos cerebrais (malária cerebral) ou a órgãos vitais.