Estelionato

Golpistas usavam fachada de igreja em galpão que escondia sal mineral falsificado, em Aparecida

Dezenas de embalagens de sal mineral adulteradas foram apreendidas pela Polícia Civil em um galpão…

Grupo pintou fachada de igreja em depósito onde armazenava produtos falsificados em Aparecida (Foto: divulgação/PC)
Grupo pintou fachada de igreja em depósito onde armazenava produtos falsificados em Aparecida (Foto: divulgação/PC)

Dezenas de embalagens de sal mineral adulteradas foram apreendidas pela Polícia Civil em um galpão com fachada de igreja evangélica no Bairro Itapuã, em Aparecida de Goiânia. De acordo com as investigações, o plano da quadrilha era despistar a polícia com a atribuição religiosa. Um homem foi preso em flagrante na ação desencadeada nesta quinta-feira (20), mas outros dois suspeitos foram detidos na primeira fase da operação, deflagrada na segunda-feira (17).

De acordo com informações da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), o grupo investigado e especializou em adulterar e vender produtos agrícolas. Apuração revelou que a quadrilha misturava sal mineral com fósforo e outros produtos e colocava o produto em embalagens de marcas já conhecidas no mercado.

Quadrilha usava produtos adquiridos de forma ilícita para compor mistura falsificada para venda (Foto: divulgação/PC)

Quadrilha usava produtos adquiridos de forma ilícita para compor mistura falsificada para venda (Foto: divulgação/PC)

Mais ilícitos

Durante as investigações, os agentes da Decar descobriram que o sal mineral usado pelos golpistas na adulteração foi adquirido de forma ilícita. Para conseguir três carretas do produto, suspeitos falsificaram notas fiscais e usaram dados de um empresário que costumava comprar grandes quantidades em uma casa agropecuária.

“Eles ganhavam 100% na falsificação, uma vez que os produtos que usavam para encher as embalagens como se fossem de produtos originais também foram adquiridos por meio de estelionato”, destacou o delegado Diogo Barreira Gomes, adjunto da Decar.

A polícia trabalha agora no sentido de identificar receptadores e os líderes da organização criminosa. Duas lojas que estavam revendendo os produtos adulterados, uma em Aparecida de Goiânia e outra em Corumbá de Goiás, já foram identificadas pelos agentes.