IMUNIZAÇÃO

Governadores do Nordeste estudam concentrar primeiras doses da Sputnik em poucas cidades

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou neste sábado que os governadores do Nordeste…

Saúde segurou por 4 meses rescisão da Sputnik V, e R$ 693 mi ficaram parados (Foto: Marco Verch)do Nordeste estudam concentrar primeiras doses da Sputnik em poucas cidades
Saúde segurou por 4 meses rescisão da Sputnik V, e R$ 693 mi ficaram parados (Foto: Marco Verch)

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou neste sábado que os governadores do Nordeste estudam aplicar as primeiras doses da vacina Sputnik V — aprovada na sexta-feira, com condicionantes, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — em uma cidade de cada estado. A ideia é reproduzir um experimento realizado na cidade de Serrana (SP), pelo Instituto Butantan, para avaliar a eficácia da CoronaVac.

A proposta foi discutida em uma reunião realizada na manhã deste sábado. Wellington Dias é o coordenador para vacinação do Fórum Nacional de Governadores, além do presidente do Consórcio Nordeste, que reúne governantes da região.

— A ideia que a gente discutiu hoje é de, provavelmente, escolher cidades. Piauí, por esse 1%, duas doses, vai receber 64 mil doses. Vamos escolher uma cidade que tenha mais ou menos 32 mil pessoas para vacinar. Vamos aplicar a primeira e a segunda dose, como foi feito em Serrana, acompanhado pelo Butanta. E assim, cada um dos estados. É mais ou menos essa a ideia — explicou em Dias, ao participar de transmissão do grupo de advogados Prerrogativas.

Na sexta-feira, a Anvisa autorizou a importação excepcional e temporária de doses da Sputnik V feita pelos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí, além da vacina indiana Covaxin. A decisão vale apenas para lotes específicos de imunizantes trazidos de fora e não configura autorização de uso emergencial pela agência.

Segundo a Anvisa, poderão ser importadas inicialmente 4 milhões de doses da Covaxin e outras 928 mil da Sputnik V. Após o uso das doses autorizadas, a agência vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados.

O cálculo, informou a agência, foi feito da seguinte forma: no caso da Covaxin, o uso será restrito a 1% da população brasileira, considerando as duas doses. E, em relação à Sputnik, será referente a 1% da população de cada um dos seis estados solicitantes.

Estudo bem-sucedido
O estudo realizado em Serrana mostrou que a pandemia do coronavírus pode ser controlada se 75% da população for imunizada.A cidade, de 45 mil habitantes, foi escolhida para a iniciativa porque tinha um alto índice de contágio. Além disso, o projeto também mostrou que a CoronaVac é efetiva contra a variante P1, considerada mais contagiosa.

Um experimento semelhante está sendo realizado na cidade de Botucatu, também em São Paulo, mas com a vacina da AstraZeneca.