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Grávida com dores abdominais é liberada e dá à luz em frente a hospital no Rio; criança bateu cabeça no chão

Direção do Hospital Rocha Faria se pronunciou por meio de nota

Direção do Hospital Rocha Faria se pronunciou Grávida é liberada e dá à luz em frente a hospital; criança bateu cabeça no chão

Uma grávida deu à luz a cerca de 500 metros do Hospital municipal Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, após ter receber atendimento e não ter sido internada, mesmo que em trabalho de parto, conforme explica a família. Andreia da Silva Santos, de 38 anos, estava com 39 semanas de gestação e deu entrada na unidade de saúde com um encaminhamento médico em mãos: o documento relatava um quadro de dores abdominais, com intervalos de 15 minutos entre as contrações. Segundo a direção do hospital, a mãe recebeu as devidas orientações após exames detectarem que não estava em “fase ativa de trabalho de parto” e foi liberada. Ela deu entrada, novamente, na unidade horas depois, levada por uma ambulância do Samu.

A filha mais velha de Andreia, Flavia Moreira, de 23 anos, conta que a mãe fora a uma consulta do pré-natal e, por reclamar de dores, recebeu um encaminhamento médico para um hospital, já que tinha gravidez considerada de risco por quadro de hipertensão durante a gestação.

— Chegando no Rocha Faria, após uma demora para atender, deram Buscopam para segurar a dor, fizeram exame de toque e escutaram o coração (do neném). Falaram que ela só estava em trabalho de parto, que era para ela ir para casa, porque só teria (o filho) mais tarde — relata Flavia, que narra que a mãe “não estava conseguindo nem ficar sentada” por conta das dores.

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Na saída do hospital, Andreia, que estava acompanhada do pai da criança, Edgard Santos, deu a luz no Calçadão de Campo Grande, que fica praticamente em frente ao Rocha Faria.

— Meu irmão chegou a bater com a cabeça no chão. Ele está bem. Graças a Deus, não foi uma pancada forte, já que minha mãe já estava arriada, mas na hora que ela fez força, ele nasceu e bateu a cabeça — explica.

Além do recém-nascido João Gabriel, Andreia é mãe de Flavia Moreira, de 23 anos; Yasmin Thomas, de 12; e Alexia da Silva, de 7. Esta última chegou a ter febre, segundo a irmã mais velha, após a preocupação e que “ficou paralisada” ao ver a história da mãe em um telejornal.

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A direção do Hospital Rocha Faria, por meio da Secretaria municipal de Saúde, informa que a paciente esteve na unidade às 14h30 desta segunda-feira e foi submetida a exame clínico, “que evidenciou não estar em fase ativa de trabalho de parto“. Desta forma, Andreia “foi liberada com as devidas orientações”. De acordo com a unidade de saúde, a mãe e o bebê foram levados pelo Samu “mais de quatro horas depois” e passam bem.

Irmão passava na hora

Moradora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Andreia recorreu ao Rocha Faria por ser uma gravidez de risco. Valéria Santos, sua irmã, conta que sabia da ida ao hospital, mas só descobriu o trabalho de parto no Calçadão ao usar uma rede social.

— Eu abri o Facebook e me deparei com aquela cena. Fiquei sem acreditar, porque ela estava dentro da maternidade — diz Valéria, em tom de revolta.

As primeiras notícias vieram em seguida, por uma coincidência.

— O nosso irmão Bruno Rafael estava passando na hora, viu um tumulto e se deparou com a irmã parindo no meio da rua. Ele também mora em Nova Iguaçu, mas foi Deus quem mandou ele a Campo Grande nesse dia.

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