Justiça do trabalho

Indústria de Nerópolis é autuada em mais de R$ 1 milhão por irregularidades trabalhistas

// Uma grande indústria de alimentos de Nerópolis foi autuada em mais de R$ 1…


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Uma grande indústria de alimentos de Nerópolis foi autuada em mais de R$ 1 milhão por irregularidades trabalhistas e desrespeito às normas de segurança. A ação foi resultado de uma auditoria realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO) entre os meses de agosto de 2015 e janeiro de 2016,

No decorrer das apurações, foram identificadas infrações às normas de proteção ao trabalho, algumas delas de grave e iminente risco. Com isso, foram interditadas todas as 48 (quarenta e oito) máquinas desgranadeiras de milho e, posteriormente, todas as atividades de transporte de tomates da empresa. Ao todo, foram 61 autuações.

O nome da indústria autuada não foi divulgado. No entanto, consta que ela possui cerca de dois mil empregados diretos e centenas de outros indiretos.

Entre as situações a que esses trabalhadores estavam submetidos está a jornada extenuante de trabalho dos motoristas e caminhoneiros. Diversos acidentes foram registrados na empresa, inclusive com morte.

Segundo o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Goiás, Arquivaldo Bites, as atividades laborais eram organizadas de forma seqüencial em função da velocidade das máquinas e não do individuo. “Atividades altamente repetitivas, monótonas e potencialmente geradoras de doenças por Lesões de Esforço Repetitivo e Doenças Ocupacionais Relacionadas ao Trabalho, sem a observância de conceitos básicos de prevenção, fator que provoca aumento no número de acidente de trabalho, uma situação inaceitável” afirmou Bites.

O Chefe da fiscalização da SRTE-GO, Afonso Borges, pontuou que algumas situações específicas já foram regularizadas e desinterditadas. Outras provisoriamente melhoradas pela empresa, a exemplo da concessão de intervalos interjornadas, descanso semanal para os motoristas e melhorias nas áreas de vivências do pátio de estacionamento; apesar disso, “a maioria das ações a serem implementadas demandarão tempo”, disse Borges.