JUSTIÇA

Irmãs suspeitas de participação na morte de dono de cartório em Rubiataba são soltas

O Tribunal de Justiça de Goiás concedeu nesta semana habeas corpus para as irmãs Alyssa…

Irmãs suspeitas de participação na morte de dono de cartório em Rubiataba são soltas (Foto: Reprodução)
Irmãs suspeitas de participação na morte de dono de cartório em Rubiataba são soltas (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de Goiás concedeu nesta semana habeas corpus para as irmãs Alyssa Martins de Carvalho Chaves e Aleyna Martins de Carvalho, que estavam presas em função do assassinato do dono de cartório cartorário Luiz Fernando Alves Chaves em Rubiataba, no dia 28 de dezembro de 2021.

Alyssa era esposa de Luiz Fernando e foi indiciada por mandar matar o marido para ficar com bens do casal e dinheiro de um seguro de vida. Ela admitiu à polícia ter encomendado o homicídio por R$ 100 mil. Outras seis pessoas foram responsabilizadas por suspeita de envolvimento no crime, entre elas Aleyna e a amante de Alyssa.

A notícia revoltou a família de Luiz Fernando. “O que deixa a gente intrigado é que na mesma semana saem as duas [da prisão], e porque as outras pessoas envolvidas não saíram? Fica parecendo que tem forças ocultas dentro do Tribunal de Justiça para favorecer as duas”, diz Marco Aurélio Chaves, irmão da vítima.

Os dois habeas corpus foram concedidos pelo juiz substituto em 2º grau Adegmar José Ferreira. Alyssa foi encarcerada no dia 30 de dezembro do ano passado. A defesa alegou que o sistema penal não pode manter uma pessoa em prisão preventiva por tanto tempo sem que haja sequer previsão para o encerramento do processo.

Alyssa e o dono de cartório Luiz Fernando Alves Chaves (Foto: Facebook)

Alyssa e o dono de cartório Luiz Fernando Alves Chaves (Foto: Facebook)

Os advogados Auro Borges de Almeida Jayme e Rafaella Maria Ferreira Silva argumentaram que Alyssa “está sofrendo constrangimento ilegal por excesso de prazo”. Ressaltaram também que ela é ré primária, “possui bons antecedentes e endereço fixo”, e que a medida mais justa seria estabelecer para ela medidas cautelares diferentes da prisão.

O juiz substituto acatou o pedido e determinou o comparecimento quinzenal em juízo, a proibição de sair de Goiânia por mais de 15 dias sem justificativa, recolhimento domiciliar às 22 horas e uso de tornozeleira eletrônica.

Luiz Fernando tinha 40 anos e foi sequestrado de casa no dia 28 de dezembro. A esposa dele havia levado os três filhos do casal para igreja (o que, segundo disseram familiares na época, ela nunca havia feito). Ele foi levado no próprio carro e morto com 17 tiros. No momento do crime, ele estava com as mãos algemadas.