AFIPE É VÍTIMA

Justiça desbloqueia contas da Associação Filhos do Pai Eterno

A juíza Placidina Pires, da Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem…

Justiça desbloqueia contas da Associação Filhos do Pai Eterno
Justiça desbloqueia contas da Associação Filhos do Pai Eterno

A juíza Placidina Pires, da Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais, decidiu por liberar as contas da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), nesta quarta-feira (23). As contas estavam bloqueadas desde o início da Operação Vendilhões do Ministério Público, que investiga o agora ex-presidente da Afipe, Padre Robson, por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica em operações imobiliárias.

Segundo a decisão da magistrada, a Afipe é vítima “dos supostos fatos criminosos objeto de apuração no Gaeco, de forma que não se mostra razoável a manutenção do bloqueio judicial, sobretudo considerando que a referida associação já providenciou, por conta própria, a adoção de algumas medidas internas para afastar eventuais riscos de reiteração das práticas ilícitas”.

Vale lembrar, além do afastamento cautelar de padre Robson, a instituição também trocou, há 12 dias, a sua diretoria. A juíza também lembra que houve “a concessão de licença remunerada à investigada Rauane Carolina Azevedo, até a conclusão das investigações, e a rescisão contratual de Anderson Reiner Fernandes”, ambos alvos da operação.

E ainda: “Em análise dos documentos apresentados pela associação postulante, verifico que o valor das despesas em aberto – R$6.981.730,61 (seis milhões, novecentos e oitenta e um mil, setecentos e trinta reais e sessenta e um centavos) – é superior à quantia bloqueada, o que demonstra a necessidade de revogação da medida constritiva, com o fim de possibilitar que a entidade religiosa tenha condições de efetuar o pagamento de, pelo menos, parte de suas despesas.”

Ao Mais Goiás, na terça-feira (22), a assessoria da Afipe informou “a nova diretoria está em uma busca diuturna pela verdade e esclarecimento dos fatos”. Além disso, eles reforçam que, segundo o próprio Ministério Público – e agora entendido pela juíza Placidina -, a associação é vítima no caso.

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