ANTECIPADO

Justiça do Rio antecipa julgamento de Flordelis por causa da Copa do Mundo

A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, no Rio de Janeiro,…

A deputada federal Flordelis, fala sobre a morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil

A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, no Rio de Janeiro, decidiu antecipar para o dia 7 de novembro o julgamento da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza. Ela é ré no caso do assassinato do marido dela, o pastor Anderson do Carmo. A vítima foi morta a tiros em junho de 2019.

A análise do caso estava marcada para começar no dia 12 de dezembro, mas teve a data alterada devido à realização das semifinais da Copa do Mundo nos dias 13 e 14. Procurado, Rodrigo Faucz, que defende Flordelis, não se manifestou na tarde desta quarta-feira (5) sobre a mudança.

Além de Flordelis, serão julgados também em novembro os filhos Marzy Teixeira da Silva, André Luiz de Oliveira e Simone dos Santos Rodrigues, e a neta Rayane dos Santos Oliveira.

A antecipação do julgamento foi concedida a pedido da assistente de acusação. Na sentença, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce justificou sua decisão.

“Verifica-se que nos dias 13 e 14 de dezembro serão realizadas as duas semifinais da Copa do Mundo da FIFA, da qual poderá participar a seleção brasileira de futebol, gerando a possibilidade a restar a sessão de julgamento inviabilizada, diante da sua provável extensão por mais de um dia, inclusive, além da provável decretação de ponto facultativo, como se deu em oportunidades anteriores”.

Esta é a terceira vez que a data do julgamento é alterada. Inicialmente, o caso seria julgado no dia 9 de maio, mas passou para o dia 6 de junho.

Depois foi adiada para dezembro atendendo a um pedido da defesa de Flordelis que argumentava que laudos, como a avaliação psicológica e psiquiátrica da ex-deputada, ainda não estavam prontos e eram imprescindíveis .

Flordelis foi presa em agosto de 2021, dias após ter seu mandato cassado pela Câmara. A ex-parlamentar é acusada de ser a mandante da morte do marido.

Três dias após o crime, dois filhos da então deputada foram presos suspeitos de envolvimento no assassinato: Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas dos Santos de Souza.

Em 2020, também foram detidos pelo caso mais dois filhos, Adriano dos Santos Rodrigues e André Luiz de Oliveira, outros três considerados filhos de criação (sem adoção formal), Carlos Ubiraci Francisco da Silva, Marzy Teixeira da Silva e Simone dos Santos Rodrigues, e a neta Rayane dos Santos Oliveira.

Quatro deles já foram julgados e condenados.