são paulo

Justiça nega prisão de motorista da Porsche que matou homem em acidente

Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia quase 40 horas após o acidente fatal

A Justiça de São Paulo negou a prisão temporária de Fernando Sastre de Andrade Filho, 24 anos, condutor do Porsche que colidiu contra um Sandero e matou um motorista de aplicativo na madrugada do último domingo (31) em São Paulo. O juiz considerou que não havia evidências suficientes para justificar a prisão temporária de Fernando, que tem duração de 5 a 30 dias, com possibilidade de prorrogação.

Os advogados de Fernando argumentaram que ele não fugiu do local do acidente e que prestou socorro às vítimas “devidamente qualificado pelos policiais militares de trânsito, tendo sido liberado pela PM para que fosse encaminhado ao hospital.”

Após indiciar o motorista do carro de luxo por homicídio doloso, lesão corporal e fuga de local de acidente, a polícia solicitou que Fernando fosse preso. A Justiça paulista, no entanto, negou o pedido. O homem se apresentou à delegacia quase 40 horas após o acidente fatal.

Andrade Filho pilotava uma Porsche em alta velocidade. Ele atingiu em cheio a traseira de um Sandero e matou Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Testemunhas que estavam na região apontam que Andrade Filho teria perdido o controle do veículo após uma ultrapassagem perigosa. O limite da via é de apenas 50 km/h. Relatos e imagens do acidente indicam que o carro estava bem acima dessa velocidade.

Policiais militares estiveram no local do acidente e, ainda assim, não realizaram os testes que poderiam apontar que o motorista havia bebido. A conduta dos agentes, diz a Secretaria de Segurança Pública (SSP), será apurada.

Ao UOL, a defesa do motorista afirma que ele não bebeu e diz ser precipitado apontar qualquer causa para o acidente antes das perícias oficiais. Os advogados negam, ainda, que Andrade Filho tenha fugido e afirmam que ele só saiu do local do acidente, liberado por policiais, para ir a um hospital. A demora em se apresentar a autoridades, aponta a defesa, foi por medo de linchamento.

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