Meio ambiente

Laudo descarta doenças infecciosas como possíveis causas de morte de peixes no lago de Serra da Mesa

// Laudo realizado no lago de Serra da Mesa descartou enfermidades infecciosas como possíveis motivos…


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Laudo realizado no lago de Serra da Mesa descartou enfermidades infecciosas como possíveis motivos para a alta mortalidade de peixes no local. De acordo com o laudo oficial N°099/16, foram realizados exames de bacteriologia e biologia molecular em amostras de baço, rim e cérebro dos peixes enviados e não houve crescimento bacteriano nas amostras analisadas.

Com isso, a morte dos peixes continua sem uma explicação definitiva. “O que posso garantir é que o alto índice de mortalidade não foi ocasionado por doença infecciosa”, informa o coordenador do Programa Estadual de Sanidade de Animais Aquáticos da Agrodefesa, Danilo Pires. “Várias hipóteses foram levantadas, como o de agrotóxicos na água ou a grande quantidade de chuva, que faz com que o sedimento e o lodo que ficam no fundo do lago entrem em suspensão e diminuam a quantidade de oxigênio na agua”, diz.

Um novo laudo realizado pela Furnas deve ser divulgado nos próximos dias com a análise da qualidade da água no lago. Com base nele, será possível definir se a mortandade foi causada por questões de poluição.

O caso da alta mortalidade dos peixes veio à tona no final de janeiro deste ano quando um pescador divulgou um vídeo que mostra peixes boiando no lago. No entanto, os primeiros registros foram feitos em dezembro. Na época, foi atribuído ao somatório de baixo índice pluviométrico, alta temperatura da água e poluição como possível responsável pelo fenômeno.

A partir de então, fiscais da Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) estiveram nos municípios da região, como Uruaçu, Niquelândia e Campinorte, para a realização de pesquisas.

Na época, divulgou-se que havia suspeitas de que o lago tenha sido contaminado com agrotóxicos levados pela chuva das plantações. Também levantou-se a hipótese de um choque térmico na água do reservatório, ou mesmo a falta de oxigênio na água. Nenhuma hipótese, porém, foi comprovada até o momento.