CONTRIBUIÇÃO

Líder do governo diz que placar da “taxa do agro” deve se manter na 2ª votação

As matérias, que geraram protestos, devem ir a plenário na próxima terça-feira (22) para votação definitiva

Protesto contra a taxa do agro (Foto: Denise Xavier - Divulgação)
Protesto contra a taxa do agro (Foto: Denise Xavier - Divulgação)

O líder do governo, Bruno Peixoto (UB), avalia que terá um terreno relativamente tranquilo para a segunda votação dos dois projetos que estabelecem a chamada “taxa do agro” na Assembleia Legislativa (Alego). “Acredito que vá repetir o mesmo placar”, diz. As matérias devem ir a plenário na próxima terça-feira (22) para votação definitiva.

Os textos passaram em primeira votação, na última quinta-feira (17), com 22 votos favoráveis e 16 contrários. O placar apertado, a promessa de novos protestos por parte de empresários do agronegócio, articulação da oposição, e manifestação contrária do presidente da casa, Lissauer Vieira (PSB), ligaram o alerta do governo estadual. Tanto que o governador Ronaldo Caiado (UB) cancelou viagem marcada para Europa para acompanhar a votação.

Bruno Peixoto, entretanto, minimiza a dificuldade do governo em aprovar os dispositivos. Segundo ele, mesmo com a pressão de setores do agronegócio, não haverá “migração” de votos para a oposição aos projetos.

“Os deputados entendem a importância dos projetos para a infraestrutura do estado. Estamos cientes do que é melhor para Goiás”, avalia.

Fundeinfra

As duas matérias foram enviadas pelo governo à Assembleia Legislativa e convergem para colocar em prática a criação de fundo de infraestrutura com contribuição de até 1,65% paga pelo setor do agronegócio, o Fundeinfra.

Enquanto o projeto de lei nº 10803/22 cria o Fundeinfra na Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), a proposição de nº 10804/22 tem o objetivo de alterar leis tributárias para instituir contribuição facultativa a um fundo destinado a investimento em infraestrutura.

Assim como aconteceu durante as sessões realizadas na semana passada, empresários e representantes do agronegócio de Goiás prometem protestar contra a chamada taxa do agro.