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Lira repudia ataque de Jefferson a policiais federais; veja repercussão política

O ataque do ex-deputado Roberto Jefferson a policiais federais que cumpriam mandado de prisão contra…

Prazo de registro de candidaturas se encerra na Câmara e Lira enfrentará dois adversários
Prazo de registro de candidaturas se encerra na Câmara e Lira enfrentará dois adversários (Foto: Câmara dos Deputados)

O ataque do ex-deputado Roberto Jefferson a policiais federais que cumpriam mandado de prisão contra o ex-deputado repercutiu no mundo político. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou, neste domingo, que o ex-presidente do PTB voltasse ao regime fechado. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, classificou o episódio como “o pico do absurdo”.

Em Levy Gasparian (RJ), a Polícia Federal tentou prender o político, mas Jefferson atacou agentes com uma granada. Segundo a corporação, dois policiais foram feridos por estilhaços do artefato. Após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem.

“O Brasil assiste estarrecido fatos que, neste domingo, atingiram o pico do absurdo. Em nome da Câmara, repudio toda reação violenta, armada ou com palavras, que ponham em risco as instituições e seus integrantes. Não admitiremos retrocessos ou atentados contra nossa democracia”, escreveu o presidente da Câmara.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia se manifestado em defesa da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, que foi xingada por Jefferson.

“As atitudes repugnantes que ofenderam a ministra Cármen Lúcia e a deputada Marina Silva, duas valorosas mulheres brasileiras, não representam a nossa sociedade, que busca um país com mais equilíbrio, serenidade e igualdade” escreveu Pacheco.

Ele disse ainda estar preocupado com ataques às mulheres.

“Puni-los (os agressores) e calá-los é obrigação moral das instituições, principalmente da Justiça Penal. O Estado democrático de Direito confere liberdades ao cidadão, jamais o direito de praticar crimes e violar direito alheio”.

Já o candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, tentou se desvincular do aliado Roberto Jefferson (PTB) em superlive gravada neste domingo. Ao lado do ministro Fábio Faria (Comunicações) e do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas, Bolsonaro disse que não tinha “fotos” com Jefferson, o que não é verdade.

Nas redes sociais, Bolsonaro repudiou a “ação armada” do aliado, assim como os ataques feitos por ele à ministra.

Em sua página no Twitter, o presidente, no entanto, não poupou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e criticou a “a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”.

Já o seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que “não é um comportamento adequado, nem normal” os disparos do ex-deputado contra agentes da PF, e que a reação teria sido motivada pela criação de uma “parcela raivosa da sociedade brasileira” durante o governo Bolsonaro.