SAÚDE

Medicamento para a asma pode prevenir riscos de alergias alimentares graves, e até mesmo fatais, descobre estudo

Após o tratamento, 67% das crianças conseguiam tolerar, sem sintomas, uma pequena quantidade da comida à qual são alérgicas

Medicamento para a asma pode prevenir riscos de alergias alimentares graves, e até mesmo fatais 67% das crianças conseguiam tolerar comida
Foto: Freepik

VIA O GLOBO – Um medicamento tradicionalmente usado para tratar a asma pode ajudar a proteger as pessoas dos perigos, ás vezes mortais, das alergias alimentares, de acordo com um estudo publicado neste domingo na revista científica New England Journal of Medicine.

A pesquisa, financiada em parte pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, testou o medicamento omalizumabe, comercializado sob nome Xolair, em 118 crianças alérgicas ao amendoim e pelo menos a outro alimento, como leite ou ovos.

O ensaio, realizado em 10 centros médicos nos Estados Unidos, descobriu que, após o tratamento, 67% das crianças conseguiam tolerar uma pequena quantidade de proteína de amendoim sem sintomas. Dos outros 59 menores que receberam um placebo, apenas 7% conseguiram fazer o mesmo.

A FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, aprovou no início deste mês o uso do medicamento para alergias alimentares em adultos e crianças a partir de um ano de idade. Há mais de duas décadas, o remédio já havia sido aprovado para asma alérgica.

Os cientistas alertam, no entanto, que o medicamento não garante que pessoas propensas a alergias possam baixar completamente a guarda, e que elas devem continuar tentando evitar os alérgenos conhecidos. Mas o medicamento deve reduzir as reações graves.

O Xolair é administrado por injeção a cada duas ou quatro semanas, o que não é fácil para os avessos a agulhas. No entanto, para as pessoas que tiveram que viver com o medo constante de que o consumo involuntário de um alérgeno pudesse resultar em hospitalização, o tratamento pode ser “um divisor de águas”, considerou Robert Wood, um dos líderes do estudo e membro da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.

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