LIBERDADE

Médico que agrediu e atirou em namorada é solto pela Justiça

O médico Márcio Antônio Barreto Rocha, 55 anos, acusado de agredir e atirar na namorada…

Médico que agrediu e atirou em namorada é solto pela Justiça
(Foto: Reprodução)

O médico Márcio Antônio Barreto Rocha, 55 anos, acusado de agredir e atirar na namorada no estacionamento de um hospital de Goiânia no dia 25 de setembro, foi solto da Casa de Prisão Provisória (CPP) na última quarta-feira (14). A decisão judicial aponta que a soltura do cirurgião plástico “não representa perigo para o meio social ou mesmo para a vítima”.

Rocha foi solto por ordem de um habeas corpus em liminar concedida pelo desembargador Ivo Favaro. Lê-se na decisão que o cirurgião “não teve intenção de ceifar a vida da vítima”. “O paciente é primário, tem residência fixa, exerce atividade laboral lícita e é hipertenso, situação que o coloca no grupo de risco decorrente da covid-19”, continua a decisão.

O desembargador diz que as decisões anteriores não conseguiram apontar a necessidade real de manter Márcio preso. Favaro aponta ainda que a própria vítima pediu a retirada das medidas protetivas, dizendo que ele não representava risco.

Ivo Favaro determinou que o cirurgião plástico não se aproxime e não tenha contato com a vítima. Caso descumpra essas regras, o médico poderá ser preso preventivamente. Além disso, Márcio deverá comparecer a todas as etapas do processo.

Em contato com o Mais Goiás, o juiz responsável pelo caso, Jesseir Coelho de Alcântara, pediu para esclarecer que ele havia negado a soltura do médico mais de uma vez. O portal não conseguiu contato com a defesa de Márcio Antônio.

Relembre o caso

É apontado na denúncia que, no dia do crime, o médico foi até a portaria da casa da vítima, por volta das 16h, exigindo a devolução do seu veículo que estava com a mulher. No entanto, como Márcio estava nervoso e descontrolado, a vítima resolveu não atendê-lo. O denunciado deixou o local furioso e fazendo manobras perigosas.

Segundo apurado, atordoada pelas atitudes de Márcio e por mensagens injuriosas que se seguiram naquele dia, a vítima teria suplicado a ele para que resolvessem tudo de maneira pacífica. Para isso, marcaram um encontro no estacionamento do hospital em que Márcio trabalha.

Na local, quando se encontraram, logo teve início uma discussão, ocasião em que Márcio começou a agredir a vítima fisicamente com tapas, socos e chutes. Quando ela tentou ir embora, foi arrancada de dentro do veículo pelos cabelos.

Narra a denúncia que a intensidade dos golpes e a fúria do denunciado foram tamanhas que ele rasgou as roupas da vítima, deixando-a parcialmente despida.

As agressões foram inicialmente apartadas por um segurança e outro funcionário do hospital. Contudo, quando estes saíram do local para chamarem a polícia, as agressões foram retomadas e logo o denunciado sacou a arma de fogo e posicionou-a contra a boca da vítima para dar os tiros fatais.

Em imediata defesa, a vítima se abaixou, instante em que o denunciado disparou os tiros, um atingindo a perna da mulher.

Em seguida, Márcio foi embora, escondeu a arma na lixeira de uma rua próxima e, depois, retornou ao local, quando a polícia já estava lá. Os policiais efetuaram a prisão em flagrante, bem como socorreram a vítima, que havia ficado no estacionamento.

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