CASO HENRY

Monique arrancou aplique por morte de Henry, diz defesa sobre ida ao salão

A defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, afirma que…

Ela irá responder em liberdade por torturas e homicídio contra o filho. Caso Henry: Monique Medeiros deverá deixar a cadeia nesta segunda
(Foto: reprodução/Twitter)

A defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, afirma que ela arrancou tufos de cabelos por “desespero” e, por isso, foi ao salão localizado dentro de um shopping carioca no dia seguinte ao sepultamento do filho. A ida ao local foi para fazer a manutenção do mega hair – que é um método de alongamento de cabelos com os fios sendo fixados perto do couro cabeludo em várias camadas.

Ela é investigada, juntamente com Dr. Jairinho, pela morte da morte do menino, ocorrida no último dia 8 de março. Ela está presa temporariamente no Instituto Penal Ismael Silveiro, em Niterói (RJ). O advogado dela, Hugo Novais, alegou que o nervosismo a fez desgrudar os tufos. “Monique ficou desesperada, arrancou os cabelos porque tem mega hair. Foi esse o motivo de ela ter ido ao salão no dia seguinte. Ela não tinha como se apresentar daquela forma”, afirma.

A criança foi enterrada no último dia 10 de março. No dia seguinte, a professora foi até o estabelecimento onde foi atendida por três profissionais. O total dos serviços prestados foi de R$ 240. Uma conversa recuperada no celular dela e que foi anexada no inquérito da Polícia Civil mostra a troca de mensagens entre ela e uma atendente do salão. A funcionária se desculpa pela cobrança errada dos preços dos serviços realizados e descrimina o que foi feito e o valor de cada um: pé: R$ 39; mão: R$ 35; conserto (de unha de acrigel): 27; e tratamento: R$ 139.

A atendente sugere que a professora faça um PIX, mas Monique responde: “Sem problemas. Vou passar aí.” O salão fica a cinco minutos do apartamento onde morava ela, o vereador e o menino, desde novembro do ano passado.

Videochamada

Inclusive foi neste mesmo salão que a mãe de Henry foi avisada em tempo real pela babá, Thayna de Oliveira Ferreira, sobre as agressões que o filho sofria por parte de Jairinho. No dia em que isso aconteceu, ela lavava, hidratava e escovava o cabelo. Além de fazer manutenção da unha de acrigel e embelezamento de pés e mãos, quando uma das atendentes que realizava os serviços presenciou a videochamada com o menino.

Em depoimento à Polícia Civil, a cabelereira contou que a criança perguntou. “Mamãe, eu te atrapalho?” e, logo em seguida, disse: “Mamãe, o tio disse que eu atrapalho.” Ela teria dito que “não, de forma alguma.” Nesse momento, a criança, “com um choro manhoso”, teria pedido para que a mãe retornasse pra casa, mas a profissional não soube dizer se Henry teria dito que Jairinho havia lhe batido ou brigado com ele.

A cabelereira disse que Monique estava “um pouco agitada” e, ao terminar de fazer as unhas, teria feito ou recebido uma ligação, onde o diálogo foi iniciada com a seguinte frase: “Você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada.” E completou:  “Você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, eu vou junto. Porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma. Quem me contou foi ele”.

A profissional afirmou que a pessoa por de trás da linha telefônica, que seria Jairinho, disse alguma coisa que Monique deu como resposta: “Quebra, pode quebrar tudo. Você já está acostumado a fazer isso.” Ela contou que a professora estava exaltada e gritava no telefone,  “razão pela qual os presentes puderam ouvir sua conversa.”

Ao encerrar a ligação, ela perguntou a cabelereira se alguma loja do shopping vendia câmeras, sendo informada a procurar um estabelecimento de eletrodomésticos. Durante reprodução do crime, os policiais encontraram um equipamento dentro da caixa na estante do quarto da criança.

Mesmo após voltar a morar com a mãe, Monique solicitou os cuidados com a beleza. Ela pediu os serviços de cabelereiro e manicure delivery, na noite de 25 de março. Em uma das conversas, ela insistiu: “Estou na minha mãe. Você pode vir? Pago seu carro de aplicativo. Pago o que for a mais pra vc poder vir, pois a tarde terei reunião”.

*Com informações do Jornal o Globo