Moraes vota para tornar réus mais 70 denunciados por atos golpistas
Ministros analisam denúncias contra 'Fátima Tubarão' e pastor indígena, entre outros
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para tornar rés mais 70 pessoas denunciadas por participação em atos antidemocráticos. A maioria das denúncias está relacionada aos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Caso todas as denúncias sejam aceitas, o número de réus pelos atos chegará a 1.365.
Este é o nono bloco de denúncias do 8 de janeiro analisada pela Corte. Entre os denunciados está Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, que ficou conhecida como “Fátima Tubarão“, por um vídeo com ameaça a Moraes.
Também está sendo analisada uma denúncia contra o pastor indígena José Acácio Serere Xavante, preso em dezembro do ano passado por incitação a protestos antidemocráticos.
“Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo , juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à Separação de Poderes e aos direitos fundamentais, em suma, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos”, escreveu Moraes nos votos.
O julgamento ocorre no plenário virtual do STF e está programado para ocorrer até a próxima sexta-feira. Os demais ministros ainda não apresentaram seus votos.
Moraes: dinheiro da venda de presentes ‘eram convertidos em espécie’ e iam para Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que dados “indicam a possibilidade” de que o esquema de desvio de presentes recebidos pela Presidência da República ocorreu por “determinação de Jair Bolsonaro“.
A afirmação está na decisão em que Moraes autorizou mandados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira em endereços do general do Exército Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens do Mauro Cid; do tenente do Exército Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente e seus familiares. Continue lendo…