Agressão

Motorista de app humilhado por mulher em Anápolis diz que nunca havia sido maltratado: ‘Vontade de chorar’

Motorista explicou que GPS apresentou problemas e ele continuou dirigindo até que a localização fosse atualizada, o que irritou a passageira

Guilherme Gusmão, o motorista de aplicativo de 31 anos que, na última quinta-feira (3), foi humilhado por uma mulher que se identificou como médica, disse que nunca havia sido maltratado durante suas corridas até o incidente desta semana em Anápolis. Em entrevista a veículos da capital, Guilherme revelou que trabalha na área há cerca de três anos e ficou constrangido com a atitude da passageira, que o desmereceu, referindo-se ao seu trabalho como um “empreguinho bosta”.

“É bem complicado, até afeta o nosso dia. Dá vontade de chorar diante de uma situação dessas e saber que existem pessoas desse tipo”, desabafou.

O portal tentou entrar em contato com a passageira através das redes sociais e com o hospital onde ela afirma trabalhar, na última sexta-feira (4), mas não obteve resposta.

O motorista explicou que o GPS apresentou problemas e ele continuou dirigindo até que a localização fosse atualizada, o que acabou irritando a passageira. Em seguida, ela teria se enfurecido novamente com o trajeto e começou a xingá-lo.

“Pensa que eu dependo de R$ 8 seus?”, disse o motorista. “Pelo fato de você ser Uber, deve depender, porque você tá num empreguinho bosta, um empreguinho de merda desses. Eu sou médica”, respondeu a passageira.

Apesar de ter se apresentado como médica ao motorista, nas redes sociais a passageira se identifica como nutricionista. Ela descreve sua especialidade e compartilha sua rotina de trabalho em um hospital. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Abalado com a situação, Guilherme afirmou que não pretende “deixar passar em branco” o ocorrido.

“Eu já vi isso acontecer com os outros. Mas agora, eu presenciei comigo mesmo”, lamentou.