DINHEIRO NO CAIXA

Na 2ª alta seguida, arrecadação federal de impostos sobe 1,97% em setembro

A arrecadação federal de impostos registrou a segunda alta real seguida, ou seja, já descontada…

Arrecadação de impostos em novembro cresce 7,3% e é a maior desde 2014
Servidores da Receita Federal cruzam os braços contra PEC Emergencial (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

A arrecadação federal de impostos registrou a segunda alta real seguida, ou seja, já descontada a inflação, no mês de setembro. No mês passado, as receitas federais subiram 1,97%, na comparação com o mesmo período de 2019, e somou R$ 119,825 bilhões. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela Receita Federal.

Em agosto, as receitas já tinham avançado 1,33%. Os números oficiais também mostram que o resultado de setembro deste ano foi o maior, para este mês, desde 2014 — quando somou R$ 122,554 bilhões. Os valores foram corrigidos pela inflação.

Os dados da arrecadação de impostos federais são um termômetro importante do desempenho da economia. Quando as empresas vendem mais produtos ou serviços, a arrecadação federal também sobe. Já quando a economia vai mal, as empresas também pagamento menos impostos.

De acordo com a Receita Federal, o resultado de setembro deste ano foi influenciado pela arrecadação extraordinárias de IRPJ/CSLL, no valor de, aproximadamente, R$ 2,5 bilhões.

Por outro lado, a arrecadação foi impactada, negativamente, pelo crescimento de 38,90% dos valores compensados pelas empresas, na comparação com o mesmo mês de 2019, e também pelo fato de o governo ter zerado o IOF nas operações de crédito.

Acumulado do ano

Por conta da pandemia de covid-19, no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 1,026 trilhão. Foi uma queda real de 11,70% frente ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Receita, esse foi o pior número para o período desde 2010, quando o resultado somou R$ 1,023 trilhão, ou seja, em dez anos. Os valores foram corrigidos pela inflação.

Para amenizar os efeitos da pandemia sobre as empresas, o governo decidiu adiar o recebimento de impostos. Esses recursos ainda não entraram nos cofres públicos. O cálculo da Receita é de que aproximadamente, R$ 64,5 bilhões em tributos foram atrasados.