Economia

Na contramão do País, indústria de Goiás cresce

Enquanto a indústria brasileira apresentou retração de 2,6% no primeiro semestre deste ano, Goiás registrou…

Enquanto a indústria brasileira apresentou retração de 2,6% no primeiro semestre deste ano, Goiás registrou crescimento na produção industrial (0,8%) no mesmo período. Apenas quatro, dos 14 Estados  pesquisados, tiveram avanço, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quarta-feira, dia 6.

Goiás ficou na quarta colocação, atrás apenas do Pará (14,4%), Pernambuco (3,7%) e Amazonas (1%). O secretário de Indústria e Comércio de Goiás, William O´Dwyer, diz que o desempenho goiano é satisfatório e que o cenário positivo é resultado de investimentos de longo prazo realizados por indústrias do ramo alimentício, de biocombustível, farmoquímica, automobilística e extrativista mineral.

Estas empresas estão concentradas em todo o Estado, com destaque para os polos industriais de Aparecida de Goiânia (Daiag), Anápolis (Daia), em Goiânia e Rio Verde, este último município localizado no Sudoeste goiano cujo potencial econômico é voltado para o agronegócio. “O consumo interno e externo para os produtos desses segmentos está aquecido”, avalia.

O’Dwyer entende que o aumento da produtividade reflete diretamente na geração de empregos. No primeiro semestre deste ano, Goiás alcançou a 6ª colocação entre os maiores geradores de emprego do País, com  74.604 vagas, conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O secretário diz que os setores de alimentos e de biocombustível registraram aumento na produção em decorrência da maior oferta de insumos e da melhoria de renda da população. Empresas que geram a energia limpa foram favorecidas pela qualidade da cana-de-açúcar da última safra, resultando em uma maior produtividade e competitividade do etanol frente à gasolina.

O bom desempenho da indústria goiana fez as exportações goianas registrarem o crescimento de 4,6% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2013. De janeiro a junho, o Estado vendeu US$ 3,664 bilhões e importou US$ 2,140 bilhões – correspondendo ao superávit de US$ 1,524 bilhão. Na ocasião, as exportações do Brasil caíram 3,4%.

Recuo nacional
Em relação ao mês de junho, Goiás também se saiu bem, pontuando uma alta da produção industrial de 3,3%, na comparação com o mesmo mês de 2013, ficando atrás apenas do Espírito Santo (4,1%) e Pará (6,7%). Na pesquisa do IBGE, Amazonas (-16,1%), Paraná (-14%) Bahia (-12,1%) e Rio Grande do Sul (-11,9%) amargaram as maiores reduções.