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Escola estimula habilidades sociais em sala de aula

“Ao reabrir as portas no próximo ano, as escolas devem, em parceria com as famílias,…

Os projetos apresentados têm como principal objetivo provocar os estudantes, valorizar o protagonismo de cada um, além de prepará-los para os seus projetos de vida.
Os projetos apresentados têm como principal objetivo provocar os estudantes, valorizar o protagonismo de cada um, além de prepará-los para os seus projetos de vida (Foto: Colégio Marista)

“Ao reabrir as portas no próximo ano, as escolas devem, em parceria com as famílias, ajudar a recuperar a aprendizagem dos conteúdos e também resgatar as habilidades sociais perdidas durante a pandemia”. A avaliação é da diretora do Colégio Marista Goiânia, Darlei Padilha. A partir de janeiro de 2022 todos os estudantes da rede municipal de ensino de Goiânia deverão retornar de forma presencial.

“Na escola as crianças aprendem mais do que conteúdos acadêmicos formais como Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia e Ciências. É no ambiente estudantil que elas adquirem habilidades extremamente importantes para o desenvolvimento socioemocional e o convívio em sociedade”, explica a diretora.

Mas como estão esses alunos depois de tanto tempo afastados do convívio escolar? O isolamento neste período de pandemia prejudicou em especial o aspecto comportamental das crianças e adolescentes. Uma pesquisa realizada neste ano pelo Instituto Gallup e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que 22% de adolescentes e jovens brasileiros se sentem deprimidos e com pouco interesse em realizar atividades.

Projeto do segundo ano do ensino fundamental discutiu a importância da empatia e do respeito no esporte.

Projeto do segundo ano do ensino fundamental discutiu a importância da empatia e do respeito no esporte (Foto: Colégio Marista)

A pesquisa revela ainda que aumentaram os casos de transtornos mentais entre crianças e adolescentes nesse período. O próprio Unicef faz um apelo para que governos, educadores e familiares criem uma cultura de ouvi-los com mais empatia, sem julgamentos.

De acordo com Darlei, neste ambiente de crise sanitária, o Marista agiu de forma proativa, percebendo de imediato a necessidade de trabalhar com ênfase a empatia com os alunos. O colégio definiu a atitude de se colocar no lugar do outro como tema principal dos Projetos de Intervenção Social (PIS) ao longo de 2021.

Os estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental tiveram oportunidade de dialogar com os colegas e professores sobre as emoções vividas na pandemia e propor ações de intervenção. Os diversos projetos foram compartilhados de maneira on-line no IV Fórum das Crianças Maristas da Província Centro-sul que teve como título: “Eu me vejo em você”.

O projeto dos alunos do quarto ano, denominado “Empatia começa na Escola”, teve como produto final a produção de um vídeo explicativo de situações cotidianas na escola onde a empatia pode ser praticada. O vídeo foi disponibilizado no link https://youtu.be/6iHc4g9pKgI para ajudar outras escolas que também estiverem interessadas em trabalhar o tema com seus alunos.

Estudantes do quarto ano apresentam a temática/tema “Empatia Na Escola” durante fórum das crianças; evento foi realizado com partilhas entre os colégios.

Estudantes do quarto ano apresentam a temática/tema “Empatia Na Escola” durante fórum das crianças (Foto: Colégio Marista)

Na mesma perspectiva, um projeto do segundo ano do Colégio Marista de Goiânia possibilitou que a empatia pudesse ser discutida nas relações esportivas e a necessidade de respeito entre as diferentes torcidas. Como ação prática foi realizada uma roda de conversa com a presença de jogadores dos três principais clubes de futebol da cidade. “Foi demonstração de respeito às diferenças, civilidade, espírito esportivo e, é claro, de olhar para o outro como se fosse você” enfatiza a coordenadora do Ensino Fundamental, Andréa Prado.

Outro projeto do segundo ano on-line e terceiros anos, destacou a empatia na preservação do meio ambiente e embelezamento da cidade. Como produto desse projeto, foram preparadas sementes para o plantio de árvores de ipês que serão distribuídas para a comunidade de Goiânia e enviadas para estudantes maristas de outros estados.

Para a diretora do Marista de Goiânia, o colégio fez a lição de casa adotando a prática da empatia entre os alunos. Eu te vejo. E você, me vê? Essa é a questão que se apresenta no momento. “De forma assertiva, o colégio se antecipou e proporcionou situações em que os alunos pudessem perceber o próximo, em uma demonstração de que a crise sanitária também pode ser uma oportunidade de conhecer melhor os outros e a nós mesmos”, conclui.

 estudantes captaram sementes de ipês roxos do colégio, que serão distribuídas para a comunidade.

estudantes captaram sementes de ipês roxos do colégio, que serão distribuídas para a comunidade (Foto: Colégio Marista)