CONCLUSÃO

PC conclui que queda de rocha em Capitólio foi “evento natural”

A Polícia Civil de Minas Gerais informou, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (4),…

Capitólio (MG) reabre cânions com poucos turistas e lanchas paradas - (Foto: Divulgação/Bombeiros)
Foto: Divulgação - Bombeiros

A Polícia Civil de Minas Gerais informou, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (4), que a queda da rocha em Capitólio, na Região no Sudoeste de Minas Gerais foi um “evento natural”.  Segundo a corporação, não foi identificada ação humana específica que tenha provocado o deslizamento da rocha que resultou em 10 mortes no dia 8 de janeiro deste ano.

“A causa para o tombamento do bloco de quartzito ocorrido está relacionada ao processo natural de remodelamento de relevo, processo comum em toda região do cânion de Capitólio”, informa o relatório da PC após as investigações.

“Nós averiguamos eventuais irregularidades do empreendimento, mas essas irregularidades não estão conexas com o tombamento da placa rochosa, se houvesse indiciaríamos responsáveis pelos 10 homicídios, o que não ficou comprovado”, completou o delegado regional de Passos, Marcos Pimenta.

Segurança

A corporação desenvolveu 10 sugestões a serem encaminhadas às autoridades competentes para promover a melhoria da segurança no local. Veja:

  1. Realização de mapeamento de todas as zonas de risco (movimento de massas) por geólogos e/ou outros profissionais especializados no ramo, e sua demarcação em campo e em planta;
  2. Redução no número de embarcações nos cânions, as quais deverão apenas contemplar o local, em velocidade baixa e sem uso de aparelho sonoro;
  3. Implementação do selo de identificação nas embarcações;
  4. Identificação de todos os turistas que utilizarem embarcações, sendo que o controle/cadastro deverá ser armazenado/disponibilizado nos respectivos píeres;
  5. Uso obrigatório de colete salva vidas (em toda represa) e capacete na região dos cânions e áreas semelhantes;
  6. Maior integração entre os órgãos/instituições responsáveis pela concessão e fiscalização de empreendimentos turísticos;
  7. Proibição de passeios turísticos quando há comunicação de advertência pela Defesa Civil;
  8. Fortalecimento das fiscalizações de engenharia, geologia e ambiental;
  9. Exigência de estudo de risco e respectiva contenção para os empreendimentos turísticos;
  10. Efetiva participação de Furnas e da concessionária Nascentes das Gerais na adoção de medidas preventivas de segurança.

Tragédia em Capitólio

A tragédia ocorreu em uma das principais atrações turísticas de Capitólio, em Minas Gerais no dia 8 de janeiro deste ano. Na época, o estado sofria com chuvas intensas e tinha 145 cidades em situação de emergência.

O bloco de pedra despencou por volta de 12h30 no local onde estavam lanchas que transportavam turistas. A Polícia Civil de Minas Gerais identificou as 10 vítimas do desabamento.