Brasília

PF aceita argumento de que saúde de Anderson Torres teve ‘drástica piora’ e adia depoimento

Agravamento do quadro depressivo teria levado ao aumento das doses diárias de medicamentos, de acordo com a defesa

Moraes mantém Anderson Torres preso em batalhão da PM e nega visita de Flávio Bolsonaro
Moraes mantém Anderson Torres preso em batalhão da PM e nega visita de Flávio Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa - PR)

A Polícia Federal acatou o argumento de que o quadro clínico do ex-ministro Anderson Torres sofreu uma ‘drástica piora’ e adiou o depoimento que estava previsto para as 14 horas dessa segunda-feira (24), dia em que ele completa 100 dias preso. Torres se encontra no batalhão da Polícia Militar no Guará, região administrativa do Distrito Federal.

Os advogados afirmam que “estado emocional e cognitivo” de Torres sofreu uma “drástica piora”, após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de mantê-lo preso, na semana passada. O agravamento do quadro depressivo teria levado ao aumento das doses diárias de medicamentos.

O ex-ministro foi chamado para depor, na condição de testemunha, sobre o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir ônibus com eleitores do Nordeste de chegar às zonas eleitorais de votação no segundo turno da disputa presidencial. Na ocasião, Torres era ministro da Justiça e havia feito uma viagem à Bahia dias antes do ocorrido.

Torres foi preso após os atos golpistas de 8 de janeiro. Na época dos atentados, que culminaram com a invasão e a depredação da sede dos três poderes, ele era secretário de segurança pública do Distrito Federal e estava em viagem com a família nos Estados Unidos.